Como a tecnologia pode auxiliar na gestão do processo do Ensino a Distância

Estratégias que tragam resultados efetivos são mais importantes que as plataformas em si, afirma especialista

por: Bianca Zasso | bianca@padrinhoconteudo.com
imagem: FreePik

Mesmo antes da pandemia, onde as plataformas digitais de ensino ganharam relevância para que estudantes e professores pudessem seguir com seus estudos, a tecnologia já estava presente em alguns locais de ensino, especialmente nas faculdades e universidades que oferecem cursos no formato de Ensino a Distância (EaD). Mas no âmbito da gestão, como essas ferramentas podem colaborar para um ambiente educacional mais dinâmico e eficiente? Os sistemas de gestão podem auxiliar os profissionais da área no relacionamento com os alunos, inclusive com a geração de relatórios regulares que identificam tendências, adaptações necessárias para um melhor fluxo de trabalho e até análise do sucesso das campanhas de marketing das instituições.  

A Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) já consolidou seus cursos no formato EAD e acredita que o trabalho para seguir proporcionando uma experiência plena de aprendizado para seus estudantes passa pela constante atualização tecnológica não apenas de suas plataformas, mas do capital humano da universidade. Para o diretor da Ulbra EAD, Carlos Lenuzza, a modalidade é mediada por ferramentas tecnológicas e a gestão destas ferramentas deve sempre objetivar a aproximação e o engajamento do aluno, bem como promover experiências de aprendizagem significativas que desenvolvam as competências necessárias em cada disciplina.

“Outro importante desafio refere-se à formação docente, à capacitação dos professores para um novo modelo de trabalho através do uso das ferramentas digitais. O professor deve repensar sua prática pedagógica, construindo novas formas de ação que permitam o desenvolvimento das habilidades, competências e atitudes necessárias em suas disciplinas nas salas virtuais. Professores e tutores devem ser motivados para que ampliem continuamente o seu conhecimento sobre as ferramentas tecnológicas disponíveis em sua área”, avalia. 

Lenuzza também destaca que, para garantir uma integração eficiente entre sistemas de gestão acadêmica já existentes e novas tecnologias adotadas para o EAD, é importante que a interface entre eles seja transparente. 

“Acreditamos que um dos grandes desafios é promover uma aprendizagem transformadora através das ferramentas tecnológicas disponíveis em nossa universidade, fazer com que o aluno se sinta envolvido pelos conteúdos apresentados, fomentar o interesse e o engajamento, bem como promover o relacionamento entre alunos, professores e tutores”, explica o diretor. 

Estratégias que criam experiências

Com uma diversidade de plataformas disponíveis no mercado, muitos gestores encontram dúvidas sobre qual se adapta melhor a sua instituição. Neste caso, antes de se colocar diante de uma lista enorme de escolhas, o importante é ter bem definidas as prioridades da faculdade e da equipe de trabalho, além do modelo EAD que se quer adotar. É isso que orienta Fabrício Lazilha, diretor de planejamento acadêmico EAD da Vitru Educação, maior instituição privada de EAD do Brasil. 

“Nunca devemos começar pelas tecnologias. No processo de EAD, ela é meio e não fim. Ela viabiliza as estratégias da instituição. Defina qual é o seu modelo pedagógico de EAD e as estratégias e depois busque as plataformas disponíveis no mercado”, orienta. 

Formado em Tecnologia em Processamento de Dados e em Pedagogia, Lazilha acredita que, na EAD, o estudante deixa registros de seus caminhos de aprendizagem e de navegação nas plataformas. Trabalhar para entender esses caminhos deve ser um dos nortes dos gestores, especialmente para entender melhor o seu público alvo. Para isso, o uso de learning analytics pode ser um dos caminhos para traçar estratégias assertivas que promovem engajamento de estudantes e docentes. 

“As estratégias precisam criar uma experiência de aprendizagem significativa para os estudantes e uma facilidade para que os docentes desenvolvam o que chamamos de uma autonomia autoral para criar seus materiais, objetos de conhecimento, aulas, provas e atividades. Tudo isso é o que promove o sucesso em processos EAD”, revela Lazilha. 

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