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Como driblar o vilão da inadimplência

Plataformas de gestão são aliadas para melhorar as finanças das escolas

imagem: Depositphotos

Herança da pandemia da Covid-19 e das incertezas em ano eleitoral, a situação econômica do Brasil coloca em alerta os gestores das escolas privadas para 2023. Segundo o levantamento do Sindicato do Ensino Privado, do Rio Grande do Sul (Sinepe/RS), no final de 2021, a inadimplência era de 10,8% – e ainda segue sendo a principal dor de cabeça do financeiro destas instituições. E com a imprevisibilidade da economia brasileira, o segredo é apostar na gestão para diminuir os impactos negativos no caixa.

A adoção de ferramentas profissionais de gestão tem sido uma estratégia cada vez mais comum na rotina das instituições privadas. Em todas elas, o alvo é organizar as contas, manter o fluxo de caixa e honrar com as responsabilidades financeiras.

Luis Laurelli é Diretor Educacional do isaac, plataforma de serviços financeiros feita para  escolas. Laurelli conhece a fundo as dores dos dirigentes de escolas privadas nos mais diferentes cantos do Brasil. Ele salienta que, atualmente, o principal desafio das instituições é ter uma gestão qualificada e atenta às necessidades do seu cliente.

“O bom gestor precisa antecipar os problemas. Precisa prever mudanças na carga horária dos professores, prever o desembolso em obras e, principalmente, cuidar de seu principal ativo: o aluno.”, explica.

Laurelli refere-se, neste caso, à importância da proximidade dos gestores escolares com alunos e famílias. Para o diretor educacional do isaac, esta relação não acaba quando o aluno sai da escola, já que um ex-aluno pode ser pai no futuro e, dependendo do vínculo que tiver com a instituição que estudou, pode matriculá-lo lá também.

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“As escolas perdem alunos e desistem deles. O estudante pode ter saído por diferentes motivos. Por isso, é importante trabalhar o relacionamento.”, aconselha.

É preciso também saber o custo por aluno de cada uma das séries ofertadas. O segredo para saber onde e como resolver problemas no futuro é conhecer a fundo os números da escola.

Endividamento de famílias e economia frágil preocupam

Apesar de já termos superado o ápice da pandemia do coronavírus, ainda sofremos com sequelas. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (CNC), divulgada no início de julho, apontou que 28,7% das famílias brasileiras estão com dívidas em atraso. O cenário, segundo o economista Márcio Weiss, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), exige cautela e planejamento:

“O que posso adiantar é que a Educação é considerada muito importante, mas não é um bem essencial básico, como moradia, alimentação e vestuário. Se há queda de renda, há uma tendência de corte em questões não tão urgentes.”.

O economista alerta que o descontrole da inflação pode atingir em cheio a previsão de gastos antes priorizados pelas famílias brasileiras, como a Educação. Por isso, o planejamento é fundamental em tempos de crise.

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A solução que veio de fora

Em um cenário minado por incertezas econômicas, e rodeado pelas armadilhas encontradas no caminho pelos gestores de toda instituição privada, é possível encontrar soluções. Foi o que ocorreu para os sócios da escola SELM, de Ceará Mirim, município no interior do Rio Grande do Norte com 80 mil habitantes. A instituição, com cerca de 450 alunos, navegava em águas turvas, com a inadimplência chegando aos 14%.

Um de seus sócios, o Diretor Denes Morais, conta que procurava uma alternativa para minimizar as perdas com o atraso de pagamento das mensalidades, que, em muitos casos, culminaram com a evasão daquele aluno com débitos.

“Para termos bons resultados, precisamos de bons colaboradores. Para ter bons colaboradores, precisamos de dinheiro. E a inadimplência era um obstáculo para isso.”, recorda Morais.

Foi aí que surgiram as primeiras ideias de atacar de frente o problema da inadimplência. Denes relata que, em um primeiro momento, achava que o desafio se resolveria com bancos (que antecipam recebimento), mas foi ao iniciar a parceria com a plataforma de serviços financeiros isaac que a escola viu aquela inadimplência de 14% despencar para os atuais 4%.

“O processo foi simples. Nós tínhamos medo de terceirizar todo este processo de cobrança que sempre foi feito internamente. Mas tivemos uma bela surpresa!”, diz.

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Com a parceria com o isaac, a escola não precisou mais de um setor de cobrança e evitou que seus gestores perdessem horas e horas em negociações com pais de alunos com pagamentos em atraso. Todo o processo ficou com a empresa, explica o gestor: “paramos de nos preocupar com isso e nos focamos no que importa, gestão e captação”.

Focado no que interessa, a gestão escolar, a escola cearense conseguiu desengavetar projetos para reduzir ainda mais seus custos, como o investimento em energia solar. Com as placas de geração de energia a partir do sol, a direção prevê economizar ao menos R$ 8 mil mensais na conta de energia elétrica. Sinal de que uma gestão especializada e focada em resultados pode apoiar as escolas brasileiras.

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