“Sem educação não temos alicerce para nos tornarmos potência mundial”

Vice-presidente do Sinepe/RS e presidente da Fenep, Bruno Eizerik aponta a necessidade de os governos – em todas as esferas – priorizarem a educação nos seus mandatos que se iniciam em janeiro

imagem: Freepik

Bruno Eizerik

Vice-presidente do Sinepe/RS e presidente da Fenep.

Estamos nos aproximando não só de uma simples mudança de ano. Teremos a mudança de comando no Governo Federal e também em alguns estados da federação. Não tenho dúvida de que precisamos de políticas de Estado para educação, mas como não existe esta cultura em nosso país, isto é, o governo que entra tem o hábito de começar do zero – não valorizando o que foi feito pelo anterior –, renovo a minha esperança de que finalmente sejamos “o país do futuro”.

Governantes reeleitos, e aqueles que tomam posse neste novo ano, só existe uma maneira do seu governo ser lembrado para sempre como um grande governo, de você ser reverenciado como um estadista: invista e tenha a educação como seu principal objetivo.

Quando se fala de políticas federais, se espera uma retomada do FIES, programa que alcançou seu apogeu no governo Dilma, mas que vem minguando nos últimos anos. Temos milhares de jovens que concluíram o Ensino Médio e não ingressam no Ensino Superior por não conseguirem financiar seus estudos. O financiamento público, que deveria ser a fundo perdido, se for retomado, como se espera, é uma excelente opção para estes jovens. Também em nível federal esperamos que não haja retrocesso na implantação do Novo Ensino Médio, pois uma escola que tenha o aluno como foco e trabalhe o protagonismo deste mesmo aluno, a partir de suas escolhas, não pode ter abortada sua implementação.

Na esfera estadual, precisamos incluir os municípios na formação de nossas crianças e jovens. É lamentável que milhões de alunos que concluíram os ensinos Fundamental e Médio de maneira precária durante a pandemia tenham sido simplesmente esquecidos. Além disso, segundo levantamento da ONG Todos Pela Educação, quase 2,5 milhões de crianças de 8 anos no Brasil ainda não estão alfabetizadas, o que demonstra que é prioritário que os olhos sejam voltados para elas em um esforço coletivo que envolva a sociedade civil, prefeituras, governos estaduais e federal. 

Ainda falando sobre a Educação Básica, é alarmante que tenhamos no Brasil três em cada 10 pessoas com mais de 15 anos consideradas analfabetas funcionais – outra realidade que nossos governantes de todas as esferas precisam estar atentos. Sem educação não temos um alicerce para crescer economicamente e para nos tornarmos a potência mundial que almejamos ser.

Não há um grande segredo, nem fórmulas mágicas, bastam políticas públicas perenes e que nossos governantes invistam de maneira sábia na educação. Assim, o futuro estará garantido!

TAGS





Assine nossa newsletter

E fique por dentro das novidades