“As tecnologias jamais vão substituir os professores”

Em entrevista, ex-presidente do Todos Pela Educação, Mozart Neves Ramos, diz que recursos tecnológicos podem ajudar a melhorar a qualidade da educação – e comenta os desafios do setor frente a um cenário de eleições

por: Eduardo Wolff | eduardo@padrinhoconteudo.com
imagem: Divulgação/Acervo pessoal

Apesar do avanço do número de matrículas nas escolas, o Brasil ainda precisa vencer muitos desafios na educação. O país sofre com uma grande queda na aprendizagem e um aumento na desigualdade escolar. Em ano eleitoral, os próximos governantes terão essa missão de confrontar essas realidades. 

Neste ano, o Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou um informe que revela a dimensão do impacto da Covid-19. Entre os conteúdos, refere-se: “Em vários Estados brasileiros, cerca de três em cada quatro crianças do 2º ano estão fora dos padrões de leitura, número acima da média de uma em cada duas crianças antes da pandemia”.

Para ampliar esse tema, Educação em Pauta entrevistou Mozart Neves Ramos, membro do Conselho Nacional de Educação e titular da Cátedra Sérgio Henrique Ferreira do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP) – Ribeirão Preto.

“A formação do professor é o fator mais importante para melhorar a aprendizagem escolar, seguido de perto pela qualidade da gestão escolar”, sustenta.

O professor foi ex-secretário de Educação de Pernambuco, ex-presidente executivo do Todos Pela Educação e ex-diretor de Articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna. Com vasta experiência, aborda temas como a formação continuada:

“Nas nossas diretrizes de formação continuada claramente a gente coloca, invoca a necessidade da colaboração da questão da tutoria, da questão vinculada às aulas divertidas, trabalhar com aprendizagem baseada em projetos, a formação por pares.”

Em 2008, Mozart foi eleito pela revista Época como uma das 100 pessoas mais influentes do país. É autor dos livros “Educação Sustentável” (2006) e “Educação Brasileira: uma agenda inadiável” (2015) e co-autor de “A Urgência da Educação” (2011) e “Sem Educação não haverá futuro” (2019). E defende trocas entre as redes privada e pública, de forma a melhorar a qualidade da educação.

“O sistema particular pode criar redes de colaboração para trocar experiências, como o enfrentamento do pós-pandemia no retorno presencial ou como estão desenvolvendo as questões social e emocional em suas escolas. Isso não custa dinheiro, é apenas troca de conhecimentos. Ao meu ver, é muito importante!”

Confira os principais trechos da entrevista.

Educação em Pauta – O que precisa mudar para a educação avançar no Brasil?

Mozart Neves Ramos – O grande desafio do nosso país é colocar em uma mesma equação quantidade e qualidade. O Brasil teve avanço importante quanto ao acesso à escola, entretanto, não obstante (dados de 2021 da Unicef e do IBGE), são 1,4 milhão entre crianças e adolescentes ainda fora da escola. 

O desafio está na aprendizagem. Se olharmos o pós-pandemia, todas as avaliações mostraram uma queda abrupta na aprendizagem escolar e um aumento na desigualdade. Eu diria que o foco deveria ser nesses dois aspectos. Para isso, o nosso país precisa ter uma política de médio e longo prazos, pois sofre muito com as descontinuidades das políticas públicas, principalmente no campo da educação.

É preciso ter uma política com base em evidências, em pesquisas, não se pautar por “achismo”. A formação do professor é o fator mais importante para melhorar a aprendizagem escolar, seguido de perto pela qualidade da gestão escolar. Ainda mais nesse momento de retomada das aulas presenciais. Na sua larga maioria, as escolas particulares tiveram maior capacidade de dar uma resposta em que concerne às atividades presenciais. Foram menos afetadas pela pandemia, mas a gente sabe que 80% das matrículas da educação básica estão concentradas no ensino público. 

O regime de colaboração é muito importante para essa retomada. Um documento recente que a Unesco lançou é pautado exatamente no pensar o futuro, construir a educação tendo como referência a questão da cooperação da colaboração. Isso vai ser muito importante para que o país possa novamente a retomada em relação à qualidade. O acesso à escola no Brasil vai bem, a permanência ainda é um desafio, ainda mais porque o país tem uma cultura da reprovação alta. Isso naturalmente implica no abandono escolar. A conclusão da educação na idade certa ainda tem uma defasagem relativamente alta. 

Antes da pandemia já tínhamos um grande desafio. A cada 100 jovens da escola pública e particular que concluíram o ensino médio em matemática, apenas cinco aprenderam dentro do esperado. Em língua portuguesa não é muito diferente, a cada 100 estudantes, 28 possuem aprendizagem adequada. Todos são dados de antes da pandemia, de 2019. 

Como as avaliações mostraram que houve uma queda, um retrocesso muito grande na proficiência escolar, o Brasil vai ter que fazer um grande esforço de cooperação e colaboração entre redes e sistemas de ensino e focar na qualidade. 

Educação em Pauta – E como desenvolver a formação continuada para os docentes?

Mozart Neves Ramos – Primeiramente, no âmbito do Conselho Nacional de Educação, fui o relator dessa matéria. Já foram homologados os dois pareceres tanto da formação inicial das novas diretrizes como também da formação continuada. Ambas as diretrizes dialogam diretamente com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). 

A formação continuada, pautada em evidências, mostra claramente que o Brasil precisa avançar em relação à prática profissional. A nossa formação é muito teórica e, de certa maneira, precisa cobrir aquelas lacunas da formação inicial, deveria ser uma atualização, um aperfeiçoamento docente. 

Nas nossas diretrizes de formação continuada claramente a gente coloca, invoca a necessidade da colaboração da questão da tutoria, da questão vinculada às aulas divertidas, trabalhar com aprendizagem baseada em projetos, a formação por pares.

Acredito que é muito importante os professores, não somente os mais experientes ajudando os mais jovens, mas todos terem essa formação, esse trabalho mais colaborativo. Portanto, trabalhar com base também no uso dessas novas tecnologias. Esse período da pandemia nos mostrou que as tecnologias jamais vão substituir os professores, mas poderão ser muito importantes para alavancar a qualidade da educação.

O ensino do século 21 não será apenas uma sala de aula, logo, a formação continuada tem que exatamente prever o professor com novas habilidades e competências para viver nesse cenário disruptivo. A descontinuidade tecnológica têm influenciado de uma maneira muito forte na educação. 

Essa capacitação precisa levar em conta todos esses aspectos no sentido de preparar o professor para uma nova prática docente, para o desenvolvimento de competências e habilidades. Tem uma frase de um matemático americano, que eu gosto muito, Richard Hammer, que diz o seguinte: “o professor deveria preparar o aluno para o futuro do aluno e não para o passado do professor.” 

Esse é um grande desafio e a formação continuada exerce um papel central nesse processo de desenvolvimento profissional do professor. É preciso que as redes e os sistemas de ensino tenham, cada vez mais, uma estratégia apropriada nas suas políticas.

Educação em Pauta – Com pandemia, a variação de formatos de ensino (híbrido, remoto e presencial) estão mais presentes. Como o senhor enxerga essas possibilidades?

Mozart Neves Ramos – No caso da educação básica, particularmente, entendo que as aulas presenciais devem ser o grande carro-chefe. Todas as experiências do mundo mostraram que com crianças menores o ensino on-line não funciona. A tecnologia não prende as suas atenções. Agora, usar novas tecnologias nesse processo de ensino presencial é o que podemos chamar de um ensino híbrido, aí sim pode ser naturalmente um elemento central. 

O ex-ministro da Educação, Cristovam Buarque, em uma live que fiz com ele, usou uma expressão que gostei muito:a educação cinematográfica. Estamos saindo de uma educação mais de teatral para uma cinematográfica. As tecnologias vão permitir a gente viajar pelo mundo. Você dá uma aula de história da arte pelo Museu do Louvre ou uma aula de biologia por dentro do corpo humano. Essas novas tecnologias vão mudar completamente a maneira de ensinar e aprender.

Cada vez mais, o professor vai precisar estar preparado para o uso dessas novas tecnologias. Daí, a formação continuada vai ser muito importante para preparar esse professor, que vai usar o digital para o processo de ensino e de aprendizagem. Vai ser um grande avanço do ponto de vista até de aprendizado motivacional da criança e do adolescente. 

Educação em Pauta – Resgatando o que o senhor comentou anteriormente, de que não se pode pautar por “achismos”, as pesquisas na área da educação merecem uma atenção especial?

Mozart Neves Ramos – Não basta a gente pensar que isso funciona, quando não há evidências claras. Por exemplo, uma medicação vai funcionar se tiver antes uma pesquisa. A mesma coisa se aplica na educação. Não adianta usar determinados programas ou metodologias se não tiver uma evidência de que funcionam, se realmente o aluno está aprendendo, se desenvolvendo. 

Na educação integral, a gente tem que ir além dos aspectos cognitivos, o que exige também o desenvolvimento das habilidades socioemocionais como: criatividade, pensamento crítico e resiliência. Pesquisas demonstram que quando uma criança detém essas habilidades, elas possuem impactos muito importantes na proficiência escolar, tanto em língua portuguesa, matemática, ciências, entre outras áreas.

Uma escola que promove o desenvolvimento pleno de uma educação integral impacta muito na proficiência escolar. Certamente, hoje em dia, o maior desafio na educação básica, não só no Brasil como no mundo, é como a gente vai melhorar a aprendizagem escolar. Nada melhor do que ter uma educação integral, uma sala de aula em que o aluno vai desenvolver a criatividade, o pensamento e a colaboração.

A Fapesp, a fundação de ciência e tecnologia mais importante do Brasil, lançou, recentemente, uma parceria que está em vigência. Está recebendo projetos com foco em pesquisas e evidências para melhorar a aprendizagem e reduzir a desigualdade educacional. É um edital no valor de R$ 30 milhões. Daqui para frente, precisamos ter uma política de educação baseada em evidências e pesquisas.

Educação em Pauta – Na sua visão, como a escola particular pode ajudar a pública para alavancar a qualidade?

Mozart Neves Ramos – A gente sabe que 80% das matrículas estão no setor público. Os 20% estão no particular, sendo que os alunos, na sua maioria, estão em um patamar financeiro mais elevado. O fator socioeconômico é muito importante para a aprendizagem, para o desenvolvimento do aluno. Muitas pesquisas mostram isso. 

Existem escolas públicas de boa qualidade, tem escolas particulares que podem melhorar e existe uma qualidade compatível com a média das escolas particulares. Na minha visão, esse conjunto de quantidade e qualidade precisa ser mais integrado.

O papel da educação é desenvolver plenamente as pessoas, está lá no artigo 205, da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), da Constituição Federal. O regime de colaboração entre escolas públicas e particulares deveria ser algo incentivado.

O sistema particular pode criar redes de colaboração para trocar experiências, como o enfrentamento do pós-pandemia no retorno presencial ou como estão desenvolvendo as questões social e emocional em suas escolas. Isso não custa dinheiro, é apenas troca de conhecimentos. Ao meu ver, é muito importante! 

O poder público, com as redes particulares de ensino, pode pensar em uma educação na qual a maior preocupação fosse com o desenvolvimento pleno da criança e do jovem.

O primeiro ano do Novo Ensino Médio, quanto à implementação, tem os itinerários formativos. As escolas particulares podem ser cases muito interessantes para ajudar e inspirar as públicas. A própria escola particular pode aprender com a pública, porque existe mais pluralidade e diversidade. 

A colaboração vai ser fundamental daqui para frente e, não foi à toa, que fui relator de uma matéria de diretriz operacional do regime de colaboração. É com base em arranjos de desenvolvimento da educação que já foi homologado este meu parecer no Ministério da Educação. Foi uma dedicação nesse regime de colaboração em escolas públicas trabalharem com as particulares. 

Educação em Pauta – Como o senhor avalia a implementação do Novo Ensino Médio e o novo Enem?

Mozart Neves Ramos – O Novo Ensino Médio já recebeu muito investimento, não só de tempo, mas financeiro também. Para preparar tanto as redes públicas como as particulares, muito esforço tem sido feito. Naturalmente, quando você começa a meter a mão na massa, as escolas ainda têm dúvidas sobre essa implementação, por isso que é muito importante que o próprio Ministério da Educação assuma mais esse papel de coordenação nacional, ajudando nesse processo, assim como tem feito o Conselho de Educação. O conselho tem feito diretrizes, estudos e debates para ajudar as escolas.

Outras questões precisam ser sanadas, como organizar por áreas de conhecimento. O 9° ano do Ensino Fundamental trabalha com base em disciplinas e o 1° ano do Ensino Médio trabalha por áreas de conhecimento, e isso cria dificuldades.

É começar a trabalhar com interdisciplinaridade. É necessário incentivar o Ensino Médio a trabalhar por áreas de conhecimento. Os professores vão precisar montar seus planos de aula de maneira mais articulada. 

O Brasil pode aprender com o Brasil. É o caso de Pernambuco, com as escolas de educação integral que vêm dando resultados muito significativos já em grande escala.

Em relação ao Enem, tenho acompanhado as mudanças e demissões de técnicos e a troca na presidência do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o que atrapalhou a agenda do instituto. O quanto antes é preciso publicar as matrizes das habilidades e competências que tratam do Ensino Médio para que os especialistas possam elaborar as questões para a teoria de resposta. O banco de questões do Inep ainda é muito pequeno e pode comprometer, inclusive, a implementação do Novo Ensino Médio. 

Me preocupa muito essa situação do Enem pelo fato de que claramente está atrasado em seu processo de mudança.

Educação em Pauta – Em uma das suas obras é abordada a educação sustentável no país. Está sendo aplicada?

Mozart Neves Ramos – Nesse primeiro livro, que tem mais de 15 anos, até estava relendo, folheando um dia desses, apesar de alguns números terem mudado, é natural ter mais desafios, mas alguns continuam. 

O conceito da educação sustentável está muito mais ligado ao desafio do financiamento da qualidade da gestão, articulada com a qualidade da aprendizagem. A sustentabilidade da educação passa pela capacidade que o país tem de colocar em uma mesma equação quantidade e qualidade. Justamente o que comentei, ao longo dessa entrevista.

Qual é a colaboração que o país precisa ter? Ter um sistema que promova a cooperação entre redes e sistemas de ensino. É olhar a educação dentro de uma visão sistêmica de país. Esse é o grande desafio que está por trás da educação sustentável. 

Educação em Pauta – Em um outro livro o senhor destaca a urgência da educação. O que é necessário priorizar?

Mozart Neves Ramos – Essa obra foi escrita na perspectiva de alertar o país para questões que eram prementes há 10 anos. Foi baseada em artigos, mostrei que o Brasil estava estagnado do ponto de vista da aprendizagem escolar, principalmente nos exames finais do Ensino Fundamental e, sobretudo, no Ensino Médio. 

Naquele momento em que foi escrito o livro, era uma preocupação de que precisávamos sair desse patamar de estabilidade em um platô muito baixo. O país está em uma estagnação de 20 anos na questão da aprendizagem, em um patamar muito baixo. 

O Brasil precisa acordar para o fato de que criar uma educação de qualidade no país não vai ser protagonista nesse cenário que nós estamos vivendo.

Todos nós sabemos que está em curso uma mudança na janela demográfica. Se olhar o perfil demográfico no mundo, inclusive do Brasil, a taxa de natalidade começa a ficar negativa.

O país precisa investir fortemente na sua juventude, para que possa ter jovens muito bem preparados para sustentar a pirâmide demográfica, porque o topo da pirâmide está crescendo e alargando. Quem vai sustentar esse país? A urgência a que a gente se referia era na sustentabilidade do próprio país e, para isso, era preciso acordar para a questão da qualidade da educação e preparar os jovens – e não perder nenhum jovem. 

No Brasil, 500 mil jovens abandonam o Ensino Médio por ano. É quase um por minuto.

O país não pode cuidar desse luxo e o pior é que quando o jovem deixa a escola, o que acontece? Ele ingressa naquele grupo chamado “nem nem”, nem estudam, nem trabalham. Infelizmente, parte desse grupo engrossa mais adiante a taxa de homicídio juvenil. 

Muitas vezes, principalmente no governo atual, se perdeu muito tempo com questões ideológicas que não correspondem naturalmente à agenda que o Brasil precisa. É fortemente investir no professor e na qualidade da gestão, fazer com que a aprendizagem ocorra para todos os alunos e ter escolas que estejam alinhadas com os desafios do século 21. 

Educação em Pauta – Falamos de passado e presente e temos eleições pela frente. Quais são as principais medidas que o MEC precisa adotar para os próximos quatro anos?

Mozart Neves Ramos – Em primeiro lugar, vou falar independente de quem seja o próximo governante desse país. É preciso que ele entenda que a educação é estratégica para o desenvolvimento de qualquer país. Uma educação que dialogue os interesses maiores de uma sociedade e não de um determinado segmento.

O segundo ponto é entender que a política educacional se faz em colaboração com a população. Uma educação que se desenvolva plenamente, entender que a escola brasileira é plural e diversificada e, cada vez mais, avançar a valorização do professor na implementação de um currículo que não é a BNCC. A entidade é uma bússola do currículo, mas que se tenha um currículo voltado para as exigências do século 21. Além disso, uma avaliação que pudesse de alguma maneira detectar se de fato os nossos estudantes estão se desenvolvendo plenamente. Não é mais somente uma educação com base em aspectos conteudistas. 

É muito importante que a gente tenha uma agenda de qualidade para a educação, clara em parceria com a sociedade, em parceria com as escolas e as redes, para que o Brasil possa avançar. 

O papel central do MEC é na coordenação política e não somente repassando o dinheiro. É articular esse financiamento com os Estados, os municípios e os sistemas de redes particulares de ensino. É essa educação com mobilização, com envolvimento da sociedade, fazer o que a Coreia do Sul fez. Foi uma grande mudança, intitulada “a febre da educação” e, para isso, mobilizaram a sociedade em prol da educação. 

O importante é ter uma política que não seja de governo, uma política de Estado e, principalmente, que leva em conta que o Brasil pode aprender com o Brasil. Veja, na alfabetização a gente tem a “bússola cearense”. Naquele Estado foram alfabetizadas crianças aos sete anos de idade. Por que não implementar isso de maneira coordenada nacionalmente? 

Outro exemplo é Pernambuco, que é um modelo de Ensino Médio, com educação integral e vitorioso, já está com mais 70% da rede com escola de tempo integral. Quer dizer, é olhar isso e mostrar para o país. Se a gente conseguir essa agenda mínima de articulação para que possa ser trabalhado de maneira colaborativa. 

No sul do país, tem inúmeras redes de sistemas de ensino que podem nos ajudar. 

O próximo governo tem que entender que o Brasil tem riquezas no campo da educação. É unir aquilo que está funcionando, colocar “luz” e dinheiro nisso para que a gente possa ter uma educação de qualidade.

Educação em Pauta – De modo geral, qual é o futuro da educação?

Mozart Neves Ramos – Sem educação não haverá futuro. Então, o nosso futuro depende essencialmente da boa educação, não de qualquer educação. É ter uma educação que desenvolva plenamente as pessoas em colaboração com a sociedade, também para cumprir o seu papel. Isso para que essas pessoas possam exercer a cidadania de maneira plena, que estejam preparados para esse mundo de trabalho. 

A gente precisa entender que o futuro passa pela qualidade das pessoas que nós queremos formar para que a gente tenha um país de melhor qualidade. Esse futuro da educação vai ser determinante para o próprio futuro do país.

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