A implementação da computação na educação e o papel dos gestores

Diego Berti Bagestan

Mestre em Ensino de Ciências Exatas, especialista em Mídias na Educação, licenciado em Computação, técnico em Informática. Atua como professor de Informática na Educação Básica e com cursos técnicos na área da Computação.

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento que norteia as competências e habilidades a serem trabalhadas nas escolas brasileiras. No que tange à área da Tecnologia da Informação e Comunicação, a BNCC estabelece uma competência específica para ser desenvolvida no currículo escolar: “Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação”. A BNCC – COMPUTAÇÃO, complemento da BNCC, traz diretrizes importantes para o ensino da computação nos currículos escolares.

Este artigo abordará como a BNCC – COMPUTAÇÃO trata o ensino da computação e como os gestores escolares podem desempenhar um papel determinante na implementação eficaz desses conhecimentos no ambiente educacional.

A BNCC – COMPUTAÇÃO reconhece a importância da computação como uma habilidade essencial no mundo contemporâneo. Ela destaca a necessidade de desenvolver competências relacionadas à programação, algoritmos, pensamento computacional e uso responsável da tecnologia. A ideia é preparar os estudantes não apenas como usuários, mas como criadores e solucionadores de problemas por meio da tecnologia.

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Implementar o ensino da computação pode apresentar desafios, como a formação de professores e a adequação de infraestrutura. No entanto, a BNCC – COMPUTAÇÃO oferece uma oportunidade única para repensar o currículo escolar, integrando a computação de maneira transversal em diversos componentes curriculares. A interdisciplinaridade é um dos princípios da BNCC – COMPUTAÇÃO e pode ser explorada para incorporar conceitos de computação em várias áreas do conhecimento.

Os gestores escolares têm um papel fundamental na concretização das diretrizes da BNCC – COMPUTAÇÃO. Eles podem promover a formação contínua dos professores e buscar parcerias com instituições e empresas para enriquecer a aprendizagem prática dos estudantes. A computação está intrinsecamente ligada à inovação e criatividade. Os gestores escolares podem criar ambientes propícios para o desenvolvimento dessas habilidades, incentivando projetos práticos e desafiadores. Hackathons, feiras de ciências e projetos de robótica são exemplos de atividades que podem ser promovidas para estimular o pensamento crítico e a resolução de problemas.

A implementação da BNCC – COMPUTAÇÃO é obrigatória em todos os currículos escolares, cujo objetivo é atender às demandas contemporâneas da sociedade digital. Na Educação Infantil, sugere o tema nos campos de desenvolvimento e aprendizagem das crianças e, no Ensino Fundamental, propõe a inserção da computação como tema transversal e interdisciplinar, possibilitando a integração de conceitos e desenvolvimento de habilidades em diversos componentes curriculares. Essa abordagem multifacetada promove a visão de que a tecnologia não é isolada, mas uma ferramenta permeável a várias áreas do conhecimento. Já no Ensino Médio, a BNCC – COMPUTAÇÃO traz a computação como componente curricular específico em todos os anos e destaca a importância de aprofundar os conhecimentos nessa área. Essa abordagem estruturada no Ensino Médio visa a preparar os estudantes com competências e habilidades para os desafios do mundo do trabalho.

A implementação da computação na educação, conforme preconizado pela BNCC – COMPUTAÇÃO, é um desafio empolgante que demanda esforços coordenados por gestores, professores e demais profissionais envolvidos no ambiente escolar. De acordo com a visão do Complemento da BNCC – COMPUTAÇÃO, “a Computação na Educação Básica deve ser entendida como um alicerce para a transformação social e cultural estratégica ao Brasil, para que sua população atinja melhores patamares de qualidade de vida.” 

Ao compreender a BNCC – COMPUTAÇÃO, os gestores podem liderar iniciativas que preparem os estudantes para os desafios do século XXI e promover uma educação mais alinhada com as demandas da sociedade atual e futura. Devem assumir um papel ativo e estratégico nesse processo, bem como contribuir para a formação de cidadãos digitalmente competentes, preparados para os avanços tecnológicos e para a gestão de sua qualidade de vida.

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