Dia Nacional da Filantropia celebra quem transforma vidas

Neste artigo, o presidente do Fórum Nacional das Instituições Filantrópicas destaca o papel fundamental das organizações brasileiras 

imagem: Gemini

*Custódio Pereira é economista, doutor em História Econômica pela USP e presidente do Fórum Nacional das Instituições Filantrópicas (FONIF). Atualmente atua como conselheiro em diversas entidades, incluindo Semesp, ABMES, FIESP e Grupo Santa Catarina. Autor de livros pioneiros sobre captação de recursos, é reconhecido por sua atuação em prol da filantropia e da educação de qualidade no país.


No dia 20 de outubro, o Brasil celebra o Dia Nacional da Filantropia, uma data criada para valorizar as mais de 11 mil organizações filantrópicas brasileiras, responsáveis por desempenhar um papel essencial no desenvolvimento social do país. Além de reconhecer o trabalho de voluntários e de todos os que dedicam tempo e recursos para transformar realidades.

A criação desse marco é fruto de uma mobilização liderada pelo Fórum Nacional das Instituições Filantrópicas (FONIF), iniciada em 2017, que articulou junto ao Congresso Nacional a aprovação da Lei nº 13.925/2019. Desde então, o 20 de outubro passou a simbolizar o reconhecimento público de um setor presente em todos os cantos do país, acolhendo, cuidando e oferecendo oportunidades.

Mais do que uma comemoração, trata-se de uma oportunidade de mostrar à sociedade a força e o impacto do setor filantrópico, que há muitas décadas contribui para o avanço nas áreas de saúde, educação e assistência social. Segundo dados da pesquisa A Contrapartida do Setor Filantrópico no Brasil (FONIF, 2022), as instituições filantrópicas de saúde são responsáveis por mais de 160 milhões de atendimentos por ano, o equivalente a 59% de todas as internações do Sistema Único de Saúde (SUS), mesmo representando apenas 11% dos hospitais do país. No campo da educação, garantem 2,4 milhões de bolsas de estudo integrais, da educação básica ao ensino superior. Já na assistência social, realizam mais de 5,2 milhões de atendimentos anuais, voltados ao acolhimento, fortalecimento de vínculos e inclusão social.

Nesse contexto, a data reforça a importância de continuarmos ampliando a visibilidade das instituições que exercem a filantropia de forma responsável e transparente. E o FONIF busca atuar como uma voz unificada em defesa das condições necessárias para que essas organizações sigam cumprindo sua missão social. Ao reunir entidades de diferentes áreas, o Fórum promove diálogo, articulação e cooperação em torno de um propósito comum: fortalecer a cultura da solidariedade.

Um exemplo desse trabalho é o movimento Filantropia na Cidade, realizado pelo FONIF em parceria com o Mackenzie e o Semesp, cujo intuito é aproximar ainda mais as instituições da população. Realizado em diversas regiões do país, o movimento ocorre anualmente e culmina justamente no dia 20 de outubro.

Em 2024, a primeira edição da iniciativa mobilizou mais de 1,7 mil voluntários e beneficiou cerca de 10 mil pessoas, em ações que envolveram desde atendimentos de saúde e oficinas educativas até campanhas de arrecadação. Neste ano, o projeto cresceu, reunindo mais de 20 instituições e cerca de 50 projetos, conectando cidades e organizações em uma grande rede de generosidade e colaboração.

O Dia Nacional da Filantropia é, portanto, uma data para celebrar, refletir e agir. Celebrar as conquistas de um setor que gera impacto social real. Refletir sobre caminhos para fortalecer sua sustentabilidade. E agir, cada um à sua maneira, para que a solidariedade continue sendo uma das marcas mais bonitas do nosso país.

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