POA Cidade Educadora lança o manifesto “Cidade educadora, cidade polifônica”

Carta faz referência à ocupação de todos os espaços comuns com foco em uma educação cidadã

imagem: Depositphotos

Empresas, entidades, entes do poder público, instituições de ensino. Os principais motores de uma sociedade se reuniram para alavancar o crescimento e o desenvolvimento de Porto Alegre. Daí surgiu o Pacto Alegre que, dentro desse contexto, abrigou recentemente o projeto POA Cidade Educadora.

O manifesto “Cidade educadora, cidade polifônica” (abaixo), lançado em primeira mão aqui no Educação em Pauta, antecipa algumas diretrizes que regem os diversos grupos de trabalho. O documento é fruto de um encontro virtual, ocorrido em janeiro, que deu a largada para algumas iniciativas do POA Cidade Educadora.

O lançamento oficial das atividades ocorre no dia 19 de abril, com o evento “Por que queremos ser uma Cidade Educadora”, no campus da Unisinos em Porto Alegre. 

“Todo mundo que tem projetos voltados à educação pode trazer para evoluirmos juntos, em vez de trabalhar sozinhos”, explica o coordenador do POA Cidade Educadora, Alexsandro Machado. 

Confira o manifesto.

Cidade educadora, cidade polifônica

O fortalecimento dessa ideia está conectado com as reais necessidades da nossa população. 

A cidade e a educação estão em constante movimento e é nesta dinâmica que reside um sonho de transformação social: desejamos, cada vez mais, estar preparados para os desafios do futuro.

Uma cidade educadora está atenta às mudanças da sua comunidade e às necessidades fluidas do ambiente contemporâneo. Assim, a cidade pode oferecer à população a oportunidade de se desenvolver como agentes educacionais – desde a infância, passando pela juventude e a vida adulta, até chegar na terceira idade. 

A nossa cidade educadora escuta e se inspira nas crianças para a construção de um novo futuro, além de refletir a vivência dos mais experientes.

Uma cidade verdadeiramente educadora tem como vocação a promoção da liderança, da inteligência emocional, da visão de futuro, da criatividade, da multiplicidade de ideias e da criticidade social de toda sua população, para alcançar um ecossistema realmente inovador.

De nossa união, surgem entendimentos do que é preciso para a construção de um ambiente educador nos mais diferentes espaços da cidade. Para que isso chegue à ponta do processo, ou seja, os cidadãos, entendemos que algumas ações são necessárias.

Extrapolar os muros das escolas, museus, teatros, cinemas, bibliotecas, tornando todo o território capaz de promover experiências de aprendizagem em todas as camadas da nossa sociedade, exercendo a cidadania e instrumentalizando as comunidades locais. O fortalecimento da nossa cidade educadora está conectado com as reais necessidades da nossa população.

Democratizar o acesso à produção cultural, descentralizando os espaços, pois a educação transforma os ambientes, a cidade e a vida. Somente identificando as necessidades locais, será possível potencializar os espaços da nossa cidade – que, para serem transformadores, precisam da simbiose entre educação e aprendizagem.

Colaborar em comunidade, pois a nossa cidade educadora defende a ideia de que a cultura é baseada na visão de que todos somos potenciais criadores. Assim, precisamos buscar uma ética de colaboração, em que todos nós somos aliados na busca por respostas.

Precisamos construir uma cidade polifônica do futuro, capaz de suportar uma sociedade efetivamente democrática, colaborativamente diversa, economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente sustentável. 

Vamos construir colaborativamente essa cidade educadora e polifônica para todos?

Porto Alegre, 18 de janeiro de 2022

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