Educação em Pauta celebra um ano no ar

Para comemorar, contamos o processo de transformação do principal canal de informação do Sinepe/RS e ouvimos alguns dos principais personagens dessa história

por: Pedro Pereira | pedro@padrinhoconteudo,com
imagem: Reprodução

Evolução. Talvez esta seja a palavra que atravessa todo o conceito do Educação em Pauta. O conteúdo é produzido para que os profissionais promovam o desenvolvimento das instituições de ensino e de suas próprias carreiras. Completando um ano no ar neste 23 de março, o portal também surgiu como resultado de um processo evolutivo: dar sequência ao espaço que por quase 30 anos foi preenchido pela Educação em Revista. Mas os tempos são outros.

Com circulação trimestral, a revista já não atendia à velocidade com que as coisas mudam no mundo de hoje. A equipe editorial do Sinepe/RS percebia que, além da vantagem do tempo, uma versão digital abriria a possibilidade de utilizar elementos gráficos e midiáticos impensáveis em uma edição impressa. O que era uma intenção, se mostrou prática essencial durante a pandemia.

“Durante o período de isolamento não fizemos a impressão da revista. Migramos para o digital. As pessoas até acessavam, mas o formato era pouco atraente, estático. O Sinepe/RS se preocupou em não perder um produto de mais de 20 anos, um veículo que depura aqueles conteúdos de Educação que estão todo dia na pauta das direções e coordenações pedagógicas”, conta a assessora de imprensa do Sinepe/RS e coordenadora do Educação em Pauta, Carine Fernandes. 

Segundo ela, o objetivo sempre foi orientar gestores e educadores, mostrar tendências e ajudar a refletir. Como em toda mudança, houve alguma hesitação. O carinho de todos os integrantes do Sinepe/RS – e também dos leitores – em relação à revista era muito grande.  “Até pouco tempo atrás o pessoal falava ‘vamos fazer essa matéria para a revista’”, diverte-se Carine. Mas ela ressalta que o projeto foi muito bem aceito. “O processo de mudança nem sempre é fácil porque a gente cria modelos mentais estruturados que precisamos romper”, analisa.

Parceira desde a época da revista, a Padrinho Conteúdo é a agência por trás da estrutura do projeto. A produção de conteúdos do Sinepe/RS começou em 2017, com uma matéria sobre adoção de aplicativos em sala de aula. Foram pouco mais de dois anos com matérias avulsas, até que, em dezembro de 2019, a agência assumiu a produção completa: reportagem, diagramação e edição de textos e imagens.

“A partir das pesquisas conduzidas pelo Sinepe/RS junto ao público da revista, ficou claro que nossos leitores são profissionais da área de educação receptivos a conteúdos de profundidade, que possam trazer aplicações práticas para o cotidiano das instituições de ensino. Isso também foi visto como um diferencial competitivo do site, a fim de fomentar um debate com maior profundidade”, explica o diretor de Novos Negócios da Padrinho Conteúdo, Carlos Ferreira.

Planejamento

Depois de tomada a decisão, era hora de desenhar esta versão turbinada da Educação em Revista. Se o conteúdo precisava apenas manter a linha editorial, a forma de levar isso até os leitores era uma página em branco. Identidade visual, estruturação de editorias, periodicidade de atualização, tamanho das reportagens, tudo a ser definido.

E as definições não viriam a esmo. Entre março e dezembro de 2021, o projeto foi edificado com base em estudos, pesquisas e consultas a consumidores desse conteúdo. A segunda etapa, de desenvolvimento do site, levou mais quatro meses, – até que, em março de 2022, nasce o Educação em Pauta. “Entramos no ar com reportagens em todas as editorias, além de uma entrevista especial com Andreas Schleicher, um dos criadores do PISA e diretor da OCDE”, destaca Alexandra Zanela, diretora de Relacionamento e Conteúdo da Padrinho.

Tradição em informar

Criada em 1996, a Educação em Revista chegou para levar conteúdo de qualidade totalmente alinhado com o que os gestores e educadores precisavam para fortalecer o ensino privado do Rio Grande do Sul. A assessora de imprensa do Sinepe/RS à época, Rosângela Florczak, criou a área de comunicação da entidade. Dentro dela, o principal produto era a publicação.

“É muito interessante olhar a evolução das relações midiáticas a partir da revista e perceber que, mesmo que seja necessário mudar de formato, de plataforma, a revista foi fazendo essa caminhada de maneira muito consciente e consistente, dois ‘Cs’ importantes para a trajetória de uma publicação”, observa.

Tão importante quanto as mudanças é algo que não muda: a qualidade dos conteúdos. “Essa qualidade é o que mantém uma publicação ou uma plataforma relevante para o seu público, para sua comunidade de conhecimento e de práticas. Portanto, se mantém necessária para as pessoas”, defende Florczak.

Audiência

Assim como na Educação, os números são importantes – mas não são tudo. Quando se trata de uma plataforma com a finalidade de colaborar para o desenvolvimento do ensino, os indicadores qualitativos são tão significativos quanto os quantitativos. De qualquer sorte, o Educação em Pauta vai bem em ambos (confira índices de audiência no quadro).

O coordenador de Ensino Médio e Cursos Técnicos do Colégio Dom Bosco, de Porto Alegre, Alexsandro Possatto, é um leitor assíduo dos conteúdos do portal. Segundo ele, a frequência de acesso se dá em função da aplicabilidade do que é apurado junto a especialistas em áreas como Educação, Comunicação, Direito e Sociologia, entre outras.

“Nossa rotina é muito intensa. Não temos muito tempo para aprofundamento em grandes teorias, então precisamos de entendimento mais amplo e prático para dar encaminhamento e dica aos profissionais. O portal tem materiais com leitura boa e agradável. Nos ajuda muito porque não é tão técnico e formal, dialoga com nosso dia a dia, as dificuldades de sala de aula, nova geração, uso de novas tecnologias”, enaltece Possatto, que já tinha o hábito de ler a revista antes do lançamento do Educação em Pauta.

Em termos práticos, ele conta que costuma encaminhar conteúdos para professores ou gestores de acordo com a área de atuação de cada um e, principalmente, os temas mais latentes – a velocidade de definição de pautas a que Carine se refere quando compara com a publicação trimestral da revista. 

Entre os assuntos mais procurados neste primeiro ano, Possatto destaca o Novo Ensino Médio. Mas não para por aí.

“Saiu uma matéria sobre o ChatGPT, que está todo mundo falando. A possibilidade de acessar um material que é uma pauta nova e compartilhar com os professores facilita o trabalho da coordenação pedagógica de dar essa ferramenta de estudos e reflexões”, saúda.

Ele conta que o robô, sensação do momento, foi tema de um encontro de formação continuada. O debate foi sobre a insegurança dos professores diante de uma ferramenta que, segundo alguns especialistas, tem a capacidade de impactar profundamente a rotina de todo mundo. Na semana seguinte foi publicada a reportagem no Educação em Pauta. Assim que viu, encaminhou o link como material de estudo e reflexão, para que todos se aprofundassem, a fim de retomar a conversa na reunião seguinte e discutir as percepções de cada um.

“Inteligência artificial chama atenção para entender, até para poder conversar com estudantes, famílias. Outros tópicos importantes são aspectos pedagógicos, legislação, educação técnica, implantações como a do Novo Ensino Médio, enfim, tudo que está acontecendo. Assuntos que causam inquietação e vocês trazem em uma fala que a gente consegue acompanhar”, pontua.

Consolidação e expansão

Por tudo isso, o portal que fala de Educação para o ensino privado do Rio Grande do Sul tende a se manter atualizado – não apenas no que diz respeito à periodicidade, mas em termos de alinhamento com os assuntos que inquietam gestores e educadores, como frisou Possatto.

“Acredito que o Educação em Pauta é um veículo consolidado no cenário do jornalismo de educação, com credibilidade e reportagens aprofundadas, relevantes para o seu público. Não é fácil atingir esse patamar e, muito menos, mantê-lo. Nosso trabalho será continuar atendendo bem aos nossos leitores, sempre atentos ao que vier pela frente”, garante Carlos Ferreira.

Alexandra Zanela aposta na parceria entre as duas frentes de produção para que a plataforma se torne cada vez mais forte. “Nós, da Padrinho, sempre contamos com o feedback do Sinepe/RS, seja via pesquisas ou outras percepções de seus associados e diretoria. Procuramos sempre aperfeiçoar a produção porque o importante é comunicarmos de forma clara, precisa e completa para o nosso público”, frisa.

Carine Fernandes vê o primeiro ano como de crescimento de acesso e engajamento. Agora, com um público fiel, projeta a continuidade para aumentar o alcance, já que são tratados assuntos pertinentes, por vezes, ao ensino público e a instituições de outros Estados. Ela ressalta que ser fomentador de discussões sobre temas de educação é um dos eixos principais do Sinepe/RS.

“Foi um ano muito rico. A gente sempre se preocupou em trazer pessoas de peso e temas que estão em pauta no momento, estão na mesa das escolas, para pensar, refletir, trabalhar. E conseguimos fazer isso. Também agradecemos muito pelo apoio da Padrinho, que é nosso braço fundamental na operação, em toda a produção. Executam com maestria o que a gente pensa”, conclui.

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