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11/10/2024

A professora que carrega no DNA a paixão pela sala de aula

Em comemoração ao Dia do Professor, o SINEPE/RS traz a história de uma professora que carrega na família a paixão pela docência, que vem desde seu bisavô.

por Padrinho Conteúdo
A professora que carrega no DNA a paixão pela sala de aula

Em comemoração ao Dia do Professor, o SINEPE/RS quer lembrar a data com uma história de amor à profissão que perpetuou por gerações em uma mesma família. É a história da professora de química do Colégio Marista São Pedro, de Porto Alegre, Daniela Knob. 

Seu bisavô, Alfredo Forneck, foi professor nas décadas de 1930 e 1940, em São Pedro da Serra, na Serra Gaúcha, e seus pais, Teresinha Marlice Riedi e João Nirto Knob,  também se dedicaram ao ensino, assim como sua madrinha, Maria Janice Riedi. “Minha mãe e meu pai se conheceram na escola, mas ela não pensava em ser professora. Porém, depois que colocou os pés pela primeira vez em uma sala de aula, descobriu que ali era o seu lugar”, lembra Daniela, que tem viva na memória a dedicação dos pais à educação. Enquanto eles trabalhavam nos três turnos em diferentes instituições, ela passava o dia na casa de sua “nona”, maneira carinhosa com a qual tratava a avó materna. A brincadeira preferida era transformar a churrasqueira do avô em lousa e os objetos da garagem em alunos. “Na época, eu dizia que queria ser professora da quarta série. Quando minha mãe me explicou que não seria possível dar aula apenas para este período, eu acabei desistindo da ideia e segui com meus estudos sem cogitar a docência”, comenta. 

A fase da sala de aula de faz de conta passou, Daniela finalizou o Ensino Médio e foi estudar Química na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), com o objetivo de atuar na indústria. Dentro do ambiente universitário, alguns encontros trouxeram lembranças da presença da educação na família de Daniela. Ao encontrar duas professoras que fizeram parte da formação de sua mãe e também de sua madrinha, ela ouviu que seu destino era ser professora. Mesmo discordando, a então estudante entrou para um projeto junto ao Museu de Tecnologia da universidade, momento em que teve sua primeira experiência em sala de aula. “Foi horrível. Eu saí de lá chorando e jurei que nunca mais iria dar aulas. Porém, com a insistência das professoras, acabei tentando novamente e iniciei o estágio no Laboratório de Química do Colégio Batista. Foi ali que me apaixonei”, afirma. 


A convivência com a professora Elenara, que Daniela acompanhou durante o período de estágio, foi essencial para que ela encontrasse na sala de aula a razão de seu trabalho e de sua vida. Iniciar como professora trouxe à tona muitas lembranças, como as tardes ajudando a mãe a passar as provas no mimeógrafo e percepção de que o professor é muito mais que alguém que transmite um conteúdo. “Percebi que minha mãe respirava educação por 24h. É um ofício que vai muito além de estar em sala de aula e envolve toda a nossa vida”, avalia Daniela. 

Atualmente, ela leciona Química para as turmas de Ensino Médio e convive com adolescentes que passam por transformações que vão além do corpo. Por isso, sabe a força que um professor tem na vida destes jovens. “Eles passam a maior parte do dia dentro da escola e desenvolvem uma relação de afeto conosco. Acredito que eles precisam de uma voz firme, de uma postura, que é algo que eu trago sempre no meu trabalho”, comenta. 

Essa disciplina começou cedo, já que Daniela aprendeu a sempre separar a família da escola. Quando frequentou a instituição em que sua mãe trabalhava, sempre fez questão de chamá-la de professora e não ter privilégios. “Ela sempre foi minha referência. Lembro dela em casa, corrigindo provas, aquela rotina de professora. Isso sempre esteve presente na minha vida”, conta, emocionada. Encontrar com ex-alunos e perceber a importância que teve em suas trajetórias enche Daniela de orgulho, pois é uma espécie de espelho de sua jornada. 

Diante de um possível “apagão” de professores nas próximas décadas, como indicado na pesquisa do Instituto Semesp, ela acredita que a carreira docente vai seguir resistindo por conta da paixão que a sala de aula exerce em muitas pessoas. Desde que escolheu ser professora, Daniela sabia que teria um trabalho árduo, mas que ganharia muito mais do que dinheiro dentro da profissão. “Eu sou rica em coisas que o dinheiro não compra. A gente cria um laço com nossos alunos que, às vezes, a gente não consegue identificar de imediato. Perceber o brilho que dá no olhinho deles quando entendem algo, aquele abraço de ‘muito obrigada’, não tem preço, é a melhor coisa que existe para um professor”, finaliza. 

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