O momento em que os filhos iniciam a vida escolar ou precisam trocar de instituição de ensino gera muitas dúvidas nos pais e responsáveis. Buscar uma escola tradicional ou investir em propostas mais ousadas? Quais detalhes devem ser levados em conta antes de efetuar a matrícula?

Para a assessora pedagógica do SINEPE/RS, Naime Pigatto, a identificação de valores semelhantes entre família e escola é uma das respostas. “Trocar ideias com pais e estudantes da escola é um ponto importante. Além disso, é preciso conhecer a proposta pedagógica da instituição. Qual é a intencionalidade dela, o que ela coloca como grandes valores?”, orienta.

Agendar uma conversa com a equipe diretiva e pedagógica é de extrema importância, segundo Naime. Esse momento é necessário para entender como a escola observa o estudante e também ficar ciente das formas de avaliação da aprendizagem, já que, muitas vezes, a família sonha com uma vaga em determinada instituição por sua tradição e história, mas a proposta pode não se encaixar no perfil da criança ou do adolescente.

Uma outra questão destacada pela assessora pedagógica é que os pais se informem sobre as normas de convivência instituídas dentro da escola. Outra dica é a observação do entorno em diferentes horários, para entender a dinâmica do trânsito, assim como as falas e os agitos dos alunos que se escutam da rua “Também é importante acompanhar as notícias da instituição na imprensa e saber como a escola se comunica com a comunidade escolar”, ressalta a assessora pedagógica. Em tempos de redes sociais, é válido também uma checagem nos canais da instituição.

Se a nova escola é para um estudante que vai iniciar o Ensino Médio, deve-se conhecer qual a trilha de aprofundamento que a escola oferece, já pensando nas possibilidades de escolhas que ele irá fazer para ingressar na educação superior. Independente do período escolar em que se encontra o aluno, Naime destaca que é fundamental o olho no olho. “E também uma conversa franca com a equipe técnica e pedagógica para que, depois de efetuada a escolha, a família não se sinta um mero número ou que seus valores estejam descolados do que a escola trabalha e realiza”, finaliza.