As escolas particulares do RS entram em férias nesta segunda quinzena de julho. As instituições de ensino têm autonomia para determinar o tempo de sua duração, assim como o início e seu término.  Porém, conforme a Convenção Coletiva de Trabalho firmada com os professores, há o recesso obrigatório para todas as instituições da Educação Básica no período entre 22 a 28 de julho. Conforme dados do último Censo, 419 mil alunos estudam em escolas particulares no RS.

As instituições de ensino que foram afetadas pelas enchentes e que ficaram sem aulas por um período mais longo de tempo podem flexibilizar a data do recesso (postergando para outro período), porém precisam fazer um acordo específico com o Sindicato dos Professores.

Para a assessora pedagógica e de legislação educacional do SINEPE/RS, Naime Pigatto, as férias de julho são ótimas para que os alunos realizem uma reconexão consigo mesmos, em um momento delicado como o vivido pelo Rio Grande do Sul após as enchentes ocorridas no mês de maio. “Uma sugestão é descansar sem horário para acordar nos primeiros dias de férias, mas isso não significa ir dormir na madrugada. Na aprendizagem escolar o tempo de sono é fundamental e muitos professores percebem que adolescentes e inclusive crianças andam muito estressadas devido ao estímulo das telas e os horários para dormir à noite estarem desorganizados”, orienta.

Outra dica é organizar um passeio pela quadra ou bairro e explorar a natureza, observar detalhes que durante o corre-corre diário passam despercebidos: uma árvore antiga, um ninho de pássaro ou vizinhos novos. De acordo com Naime, um simples passeio pode ser promotor de várias descobertas. “Por mais curtas que as férias de julho sejam, é o momento para diminuir o ritmo e descansar. Mas também para pensar em como é possível desfrutar de tempo livre no decorrer do próximo semestre. É fundamental que os pais permitam aos filhos a organização de espaços e tempos, a reflexão sobre o que deu certo no primeiro semestre na vida deles e o que pode ser mantido, ou que precisa ser modificado. Para isso, pode ser feito um texto escrito que fique visível para todos, a fim de ser retomado de tempos em tempos o que ficou acordado”, sugere a assessora pedagógica.