Novo levantamento do SINEPE/RS atualiza situação das regiões atingidas pelas enchentes
Cerca de 29% das instituições que responderam a pesquisa ainda estão sem aula e 9,7% estão em atendimento parcial
O SINEPE/RS continua monitorando a situação do ensino privado em relação às enchentes que assolam o Estado. Na última sexta, 17/05, mais um levantamento foi concluído, com foco no funcionamento das instituições.
Das 315 filiadas, 135 responderam ao questionário. Destas, 64 (47%) são da Região Metropolitana; 19 (15%) do Vale do Sinos, Caí e Paranhana; 14 (10%) da Região Central; outros 14 (10%) da Região Sul; 10 instituições (8%) da Serra; 8 (6%) do Vale do Rio Pardo; e 6 (4%) do Vale do Taquari.
De acordo com o levantamento, 29,1% das instituições que responderam ao questionário, ainda estão sem aulas e 9,7% estão com o atendimento parcial. Do total de escolas que ainda estão sem aulas (52), metade estima retornar até a próxima segunda-feira, 20 de maio. No entanto, 26% ainda não tem previsão. Quanto aos fatores que impedem a instituição de retornar, 30% justificaram que não tem equipe para abrir a escola, 25% estão servindo de abrigo, 23% ainda tem falta de energia elétrica ou água e 22% está com espaço físico danificado.
“Agradecemos às instituições de ensino que fazem questão de informar sobre a situação atualizada de seus trabalhos e de suas estruturas. Estes dados são fundamentais para que possamos retomar as atividades a pleno, o quanto antes”, reforça o presidente do SINEPE/RS, Oswaldo Dalpiaz.
Os cenários descritos pelas instituições nos comentários são os mais diversos. Com expertise em situações recentes como a pandemia e outras enchentes, algumas instituições optam por aulas remotas até conseguirem normalizar o atendimento. Outras, transferem atividades para outras unidades das redes. Há, ainda, escolas que não foram atingidas, mas precisam se adaptar porque muitos alunos e funcionários ficaram impossibilitados de comparecer. “Em linhas gerais, o que se percebe é um senso de compreensão e resiliência por parte dos gestores, que buscam soluções de forma que não prejudiquem nem os que podem retomar as aulas imediatamente, nem aqueles que precisarão de mais tempo para retomar suas vidas”, observa Dalpiaz.
“O número de escolas que ainda não têm previsão do retorno às aulas é preocupante, mas estamos trabalhando em conjunto com as entidades representativas da educação e com o Sindicato dos Professores do Ensino Privado do RS (Sinpro) para analisar formas de recuperação dessas aulas, sempre colocando em primeiro lugar a segurança das pessoas”, comenta o presidente do SINEPE/RS.
O SINEPE/RS continua vigilante e à disposição das instituições para desenhar e executar um projeto de retomada das atividades. É um passo importante para ajudar na reconstrução de grande parte do Estado – pensando não apenas no ensino, mas em toda a comunidade.
Confira as respostas enviadas por instituições que ficam nas regiões atingidas pelas enchentes:
Sua instituição de ensino está com as aulas normais? (135 respostas)
SIM – 61,2%
NÃO – 29,1%
Atendimento parcial – 9,7%
Qual a previsão de retorno às aulas? (51 respostas)
20 de maio – 50%
22 de maio – 4%
Outra data – 20%
Sem previsão – 26%
Quais os fatores que impedem sua instituição de retornar às aulas? (56 respostas)
Espaço físico danificado – 22%
Falta de energia elétrica ou água – 23%
Sem equipe para abrir a escola – 30%
Servindo de abrigo – 25%
Não temos recursos materiais para abrir a instituição – 0%