A escritora e poeta Cleonice Bourscheid lança o livro infantil O menino, a viola e as águas (Edições Ardotempo), uma fábula poética inspirada nas enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul. A obra transforma a dor coletiva em um canto de reconstrução, celebrando o poder da escuta, da natureza e da esperança — aquilo que permanece quando tudo parece desabar.

No centro da narrativa está Kaíque, o menino que toca viola e simboliza o elo entre a sabedoria ancestral e o recomeço — aquele que ouve, acolhe e une o velho e o novo, a tradição e o futuro.

“Um reino que não era habitado por príncipes nem princesas, rainhas ou reis — era o reino da natureza, onde bichos, crianças, mulheres e homens viviam em harmonia.”

A história se passa no bairro do Lami, em Porto Alegre, território de natureza preservada e rica diversidade cultural. Ali, uma comunidade se une para cuidar da terra e do outro, tecendo saberes de diferentes origens e tradições, enquanto a música abre caminho para a vida em harmonia.

Com 13 livros publicados — nove deles dedicados às infâncias —, Cleonice reafirma em sua obra o valor de brincar, escutar e celebrar a natureza como forma de pertencimento e esperança. As ilustrações são de Joana Puglia, artista plástica e psicóloga que usa a arte como ponte entre expressão, afeto e escuta. Suas aquarelas dão vida à delicadeza e à força simbólica da narrativa.

Participações na 71ª Feira do Livro de Porto Alegre

• 8 de novembro – Sessão de autógrafos com participação de Joana Puglia, das 17h às 18h, na Praça de Autógrafos Maurício Sirotsky Sobrinho.
   
• 11 de novembro – Mesa AGES “Gerando novas conexões: Infâncias, literatura e natureza”, das 19h às 20h, com Ângela Hoffmann e a ecopedagoga Dra. Ana Felícia Trindade, no Território dos Parceiros, Praça da Alfândega.
   
• 12 de novembro – Encontro “Onde nascem as histórias?”, das 17h30 às 18h30, com bate-papo, poesia e contação de histórias de Cleonice e Clarice Bourscheid.
   

Sobre a autora

Cleonice Bourscheid é poeta, professora, tradutora e produtora cultural. Sua trajetória literária é guiada pela poesia da natureza, o brincar e as infâncias, em diálogo com a filosofia, a música e os saberes ancestrais.
 Entre suas obras estão Ave, Tekohá, Curumim e Será que todo sapo vira príncipe?, nas quais celebra o “ser criança e brincar como criança”, resgatando o encantamento e a consciência ecológica como forças transformadoras.