Reabertura das instituições de ensino em 2020 pode facilitar planejamento do próximo ano letivo
Em encontro online do SINEPE/RS, gestores destacaram importância do retorno às aulas presenciais na preparação das escolas para as demandas pedagógicas e sanitárias de 2021
A importância do retorno às aulas presenciais para o planejamento do ano letivo de 2021 foi um dos destaques do 22º encontro online do SINEPE/RS, promovido na sexta-feira (30). Numa troca de experiências sobre a volta às atividades presenciais, gestores de seis escolas associadas defenderam a reabertura das escolas ainda em 2020. Para os convidados, o retorno, mesmo no final de ano, permitirá às instituições compreender a nova organização das aulas e colocar em prática todos os protocolos sanitários. Esse processo pode facilitar a adaptação da comunidade escolar e a organização dos gestores num possível retorno escalonado em 2021.
“Não consigo enxergar 2021 sem a perspectiva do retorno este ano. Temos muitas dúvidas para o novo ano letivo. Não há informações sobre o cenário econômico, sanitário e político. Sabemos muito pouco”, explicou o diretor do Colégio Marista Santa Maria, Carlos Sardi. “Com a escola aberta, neste momento, eu diminuo algumas sombras. Tenho mais certezas sobre o que fazer na reabertura em 2021, caso seja necessário manter essa bi-modalidade e cumprir todos esses protocolos.” Para o diretor do Colégio Israelita de Porto Alegre, Jânio Alves, esta pode ser considerada a segunda grande etapa das instituições de ensino. “É o momento de mensurar o que está acontecendo com o retorno gradual das aulas, uma situação de relativo controle, a fim de se preparar para um cenário de extrema incerteza que é o próximo ano letivo.”
A diretora do Colégio Martin Luther, de Estrela, Andréa Desbessel sinaliza que haverá muitas perdas, mas várias delas poderão ser minimizadas pela reabertura das escolas, em especial no que se refere ao aspecto socioemocional. “A pandemia nos mostrou mais uma vez que não é apenas conhecimento que se aprende na escola, tem toda a convivência, o respeito, o ‘entender os outros’. E isso não conseguimos de forma online.” Segundo o diretor do Colégio Evangélico Augusto Pestana de Ijuí, Gustavo Malschitzky, é preciso vencer a desconfiança e o medo das famílias. “A escola é um lugar onde se preserva a vida, muito mais do que colocá-la em risco. E se nossos gestores públicos também compreenderem isso, talvez 2021 seja menos conturbado.”
Outros destaques foram o avanço das equipes, a reinvenção de alunos e professores e a necessidade de um trabalho conjunto entre as instituições para a defesa da reabertura. “Precisamos entender que a escola não é a vilã. Devemos respeitar as diferentes realidades das nossas instituições”, comentou a diretora da Rede Caminho do Saber, Maristela Chiappin. Ela defendeu a autorização do retorno para as escolas que estão preparadas e desejam abrir suas portas – caso do Colégio Marista Conceição de Passo Fundo, pronto desde julho e à espera da liberação do município. “Temos insistido muito no retorno. É uma oportunidade de mostrar à comunidade que fizemos o melhor possível e que ainda podemos entregar muita coisa, seja na questão educacional, relacional e de segurança”, afirmou o vice-diretor da instituição, Alexandre Lopes.
Confira o 22º encontro online na íntegra e acompanhe as experiências de cada instituição:
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