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22/03/2023

Colégio Franciscano São José celebra 100 anos

Saiba mais sobre a história dessa importante instituição de Erechim

por Irmã Marinês Burin
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    pelo associado
Colégio Franciscano São José celebra 100 anos
Arquivo pessoal - Colégio Franciscano São José

Na década de 1920, esta terra, então denominada Boa Vista do Erechim, vinha tomando especial destaque e se plasmava como cidade. Laboriosos membros da segunda e terceira geração de imigrantes italianos, poloneses, alemães, judeus, russos, estabeleciam aqui suas famílias e cresciam com esperança de um bom futuro.

Era, pois, de fundamental importância, uma sólida educação, uma boa escola. E para este ideal foram solicitadas as Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria Auxiliadora, cuja atuação já era reconhecida em escolas de localidades próximas.

Assim, no memorável 19 de março de 1923, as Irmãs abriram as portas de uma pequena casa alugada, para iniciar o Colégio que foi dedicado ao grande patriarca São José. Com este centro educativo, há um século, chegava às famílias de Erechim e região a bênção da ciência e da formação integral para seus filhos, se acendia uma luz para não mais se apagar.

Ano após ano, o Colégio foi crescendo, enfrentou inúmeros desafios, dificuldades pequenas e grandes, superadas com tenacidade e confiança. Muitas transformações, vários nomes, a ampliação do espaço físico, por si só privilegiado pela exuberância e localização, um prédio próprio para a Educação infantil e o Centro poliesportivo imponente, inúmeras melhorias internas e externas evidenciam sua identidade e excelente ação pedagógica nesta história, hoje secular. Sempre atento aos sinais dos tempos, e com suas portas abertas a todos, manteve acesa sua luz, seu ideal claro e definido, seu amor à arte sagrada de educar.

Para jovens com dificuldade de acesso, ou de outras localidades, o Colégio manteve o Internato, ambiente formativo de autênticos valores humanos, culturais, espirituais, éticos, sociais e ambientais. Quantas bisavós, avós, mães guardam saudades dele!

Carregado de vitalidade, de carisma e bênçãos de Deus, o Colégio São José foi educando gerações e foi cenário de vida, esforços, responsabilidade e esperança.  Acompanhando a evolução do ensino e as determinações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, ofereceu o seu melhor nos cursos que manteve. Fazemos memória agradecida dos principais:

O curso Primário, embalando o despertar dos conhecimentos e a formação da mente e do coração das crianças para a vida. Depois dele, um ano denominado curso de Admissão (ao Ginásio), algo semelhante ao atual ENEM. E então, o sonho do Ginásio. Haver cursado o Ginásio equivalia à alegria e nível universitário de hoje. Logo, o Auxiliar de Comércio, preparava profissionais para administrar as contas e empresas. E o Normal de 2º Ciclo - Magistério, formava educadores de excelência que foram qualificando as instituições de ensino. O Científico, oferecia cultura universal e preparava para o ingresso na universidade. E a Escola de Datilografia na qual tantos obtiveram seu diploma e com ele, acesso a bons empregos e facilidade na continuação dos estudos. Contribuindo sempre na promoção das pessoas, o Colégio também ofereceu o Mobral para alfabetização de adultos e, mais tarde, o EJA (Educação para jovens e adultos), tanto para o curso Fundamental como Médio, para centenas de estudantes que não haviam terminado de cursar regularmente seus estudos.

Com a Reforma do Ensino, o Colégio estabeleceu oferecer, com toda excelência, a Educação Infantil, o Ensino Fundamental de nove anos e o Ensino Médio.

Além dos cursos oficiais, o “São José” ofereceu a riqueza de outros focos de formação:  o curso de Pintura em técnicas diversas, no qual senhoras da sociedade passavam horas muito felizes, pintando quadros que ainda estão embelezando muitas de nossas casas. O curso de Corte e Costura e de Artes aplicadas, aprimorava a educação para o lar.

E nas veias do Colégio, pulsou a arte, o Conservatório de Música Francisco Manuel da Silva, registrado no MEC, instituição de alto nível, que por mais de quarenta anos desenvolveu a arte musical, formou professores/as de música para toda a região e para fora do Estado, solenizou os melhores momentos da sociedade, da região, da Igreja, com concertos magníficos, incentivou corais e orfeões e, inclusive, motivou a fundação da Escola Municipal de Belas Artes. E o Coral Misto São José que por décadas elevou o nome do Colégio e de Erechim, abrilhantando festivais, celebrações religiosas e sociais na cidade, no país e fora dele. Com ele, o encanto da ternura e das vozes do Orfeão Bem-te-vi e a singeleza da Bandinha infantil. E a Banda Marcial, tão imponente em seu ritmo, seu uniforme, seus instrumentos especiais, enchendo os olhos, vibrando os corações e ondeando de harmonia os espaços. Arte, formação, cultura, integração...

E sem esgotar a lista, é justo salientar os diversos Grêmios literários que incentivavam a cultura, a liderança, a comunicação, o bem comum. E a Associação de Pais e Mestres e o Clube de Mães que foram força positiva incomparável e tanto colaboraram em prol da melhoria física, do aperfeiçoamento pedagógico e em favor de alunos carentes.

O Colégio São José sempre primou por oferecer aos estudantes movimentos e meios que lhes ajudavam a crescer integralmente. Foram vivas a Catequese, a Educação Religiosa, a Orientação Educacional, a Cruzada Eucarística, as Filhas de Maria, a Ação Católica, a JEC (Juventude Estudantil Cristã), a Infância e Adolescência Missionária, o Grêmio Estudantil, a Escola de Pais... E a educação concreta para a solidariedade, o amor ao próximo, quando estudantes acompanhavam as Irmãs em visitas, para formação religiosa e promoção humana nos bairros que iam surgindo nas periferias da cidade.

Mais que um sistema de ensino, o Colégio São José sempre foi centro de formação integral, templo da cultura, manancial de espiritualidade, base para a promoção da vida e formação de cidadãos sólidos, líderes, solidários e conscientes do papel que lhes cabe na construção da família e da sociedade justa, ética e humanizada. Gerações de homens e mulheres foram marcados positivamente e assimilaram o verdadeiro sentido da vida.

Entre as dores e desafios da história, impossível esquecer que, na sua maturidade, aos seus quarenta anos, no dia 5 de setembro de 1963, o sinistro, devastador incêndio, ameaçou apagar a luz deste centro educativo. Porém, debaixo das cinzas, a brasa permaneceu viva e intensificou seu vigor e brilho e a solidariedade recebida confirmou o seu valor, sua luz.

Erechim, região, sociedade, ex-alunos, pais, professores, funcionários, alunos, famílias, todos, contemplemos com os olhos do coração a sagrada história centenária deste que hoje chamamos Colégio Franciscano São José, reconhecendo a sua importância e o seu significado, tanta luz e bênção também na sua família e na sua vida pessoal.

Sentido reconhecimento às centenas de Irmãs franciscanas audazes e criativas, que com unção e amor pelo ser humano, vigor e trabalho incansável, firmeza e integridade, deram o melhor de si pelo bem de cada pessoa e, de maneira eficaz, ensinaram o sentido da vida e os valores do Evangelho. Com elas, os inúmeros leigos e leigas que, no momento oportuno, se comprometeram com o modo franciscano de educar e tanto contribuíram para o dinamismo do Colégio. E a atual direção, administração, coordenadores, professores e funcionários que evidenciam seu trabalho responsável, dinâmico, incentivador.  Gratidão a todas as famílias que confiaram e confiam seus filhos para terem, nesta casa, a continuação de seu lar, acreditando na força transformadora da educação, marcada por um século de luzes e conquistas, sólidos conhecimentos, claros princípios e valores perenes.

Santa Maria Bernarda, fundadora da Congregação das Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria Auxiliadora, junto com o grande patrono São José, abençoe este educandário, semente lançada por ela mesma, quando autorizou as Irmãs no Brasil a abrirem o Colégio.

Agradecendo, abracemos o futuro com esperança, no compromisso de dar continuidade à sagrada história do nosso COLÉGIO FRANCISCANO SÃO JOSÉ - CENTENÁRIO!

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