Os primeiros meses do ano têm um papel fundamental para o coordenador pedagógico no planejamento dos próximos passos do novo ciclo letivo e na sua execução ao longo do ano. Dificilmente não há algo que precise ser revisto no plano já previamente elaborado. Mudanças de legislação, demandas de novas famílias que estão ingressando na escola e que precisam de atenção especial ou alterações internas que precisarão trabalhadas com toda a comunidade escolar exigem adaptações no roteiro feito no ano anterior.

Por mais atribulado que seja o mês de dezembro, juntamente com o início de fevereiro, o coordenador pedagógico precisa rever o que planejou previamente para executar ao longo do novo ano letivo, recomenda a assessora pedagógica do SINEPE/RS, Naime Pigatto. Para ajudar nesse processo, Naime traz dicas do que o coordenador pedagógico precisa ter em mente na hora de finalizar o seu grande roteiro de trabalho para o ano letivo vigente.

1 - Momento para ajustes

Registrar novas ideias, anotar os elementos que requerem atenção ou que precisam ser evitados no ano letivo seguinte são muito importantes na atuação do coordenador pedagógico. Para isso, a assessora pedagógica sugere que ele crie um “Diário de Bordo” para fazer esses registros a fim de destacar assuntos imprescindíveis e, também, evitar esquecimentos. Porém, ela recomenda especial atenção a assuntos que poderão alterar o seu planejamento e que precisarão ser modificados.

Naime reforça que fevereiro é o mês para fazer atualizações que invariavelmente surgem no início do ano, com maior ou menor impacto no planejamento previamente elaborado. “Toda a base de um planejamento pedagógico institucional precisa iniciar um semestre antes, no mínimo, e ser revisto antes da sua implementação”, recomenda a assessora do SINEPE/RS.

2 - Formação continuada da comunidade escolar

O coordenador pedagógico é considerado formador, articulador e mediador. Como formador, então é responsável por promover a capacitação de professores, monitores, profissionais de apoio escolar e demais profissionais da escola que atuam diretamente com o processo de ensinar e de aprender - processo também chamado de formação continuada. Entre os temas que são destacados para formação continuada de professores, em 2025, estão: Inteligência Artificial, TDAH e dislexia, combate ao racismo, bullying e interdisciplinaridade. “Além de estar atento para as demandas oriundas das legislações e normas dos Conselhos Nacional e Estadual de Educação e orientar os professores a respeito, o coordenador pedagógico precisa ouvir as suas sugestões a respeito de temas e situações de demandam mais fundamentos para uma atuação segura em sala de aula”,

3 - Possibilidade de mudanças em normativa do CEEd/RS

Naime informa que um grande tema que deve ser considerado neste ano está relacionado a novidades na área da educação especial. O Conselho Estadual de Educação deve emitir nova normativa sobre esse assunto - e o SINEPE/RS fará uma live, assim que a normativa for homologada. “Temos no horizonte, ainda, um novo giro pedagógico pelas regionais do SINEPE/RS, levando, principalmente, a temática do Ensino Médio e da educação especial”, ressalta.

Leis como a do “novíssimo” Ensino Médio e a que restringe o uso de celular nas escolas também devem estar incluídas na formação continuada dos professores em 2025. “O que é imprescindível observar com a nova Lei Federal do Ensino Médio? os conceitos sobre parte diversificada, o trabalho com os temas transversais da BNCC, a obrigatoriedade da oferta de no mínimo 02 itinerários formativos de aprofundamento e, por óbvio, o desenho de uma nova matriz curricular. Além disso, é preciso aguardar o pronunciamento do MEC e do CNE, prometido para o final do mês de março, a respeito do que deverá ser trabalhado nos Itinerários Formativos de Aprofundamento.” cita Naime.