Entidades de educação buscam soluções junto ao Governo Federal em meio à crise no RS
Em reunião na sede da Federasul, SINEPE/RS participou da elaboração de um documento que aponta propostas para folha de pagamento e linhas de crédito
A partir da situação em que se encontram as instituições de ensino após as enchentes no Rio Grande do Sul, uma reunião foi promovida no dia 31 de maio na sede da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), em Porto Alegre. Na ocasião, participaram um grupo de representantes da área educacional.
Além do SINEPE/RS, estiveram no encontro o Sindicato Entidades Mantenedoras de Instituições Comunitárias de Educação Superior no RS (Sindiman), o Sindicato Patronal dos Estabelecimentos de Educação Infantil do Estado do Rio Grande do Sul (Sindeedin RS) e a Associação Brasileira de Ensino Livre Região Sul (Abel Sul).
Presente na reunião, o presidente do SINEPE/RS, Oswaldo Dalpiaz, destaca a necessidade da união dos setores que lideram o segmento da educação no Estado. “No ensino privado, tivemos em torno de 30 escolas que sofreram com as enchentes. Além disso, milhares de pais de alunos perderam suas casas, seus bens e empregos”, alerta.
Dalpiaz também contextualizou outros cenários. “Nos cursos livres, os estudantes deixaram de estudar, pois perderam o emprego e estão sem meios para pagar. No caso das creches, muitas foram destruídas e os proprietários não têm mais como reerguer se não houver algum benefício. Assim como o Ensino Superior, que, segundo um levantamento, são, aproximadamente, 20 mil estudantes universitários que estão com problemas de pagamento das mensalidades”, diz.
De acordo com o coordenador deste grupo, o diretor de Educação da Federasul, Fernando de Paula, a proposta foi encontrar soluções imediatas para chegar ao Governo Federal e obter recursos para dar continuidade aos trabalhos no setor do ensino. “Um dos principais focos foi em relação à folha de pagamento, prevista para o dia 7 de junho. Pedimos que a bancada federal tente ver com o governo a agilidade nessas questões de alguma medida para financiamento da folha, para suspensão de contratos e antecipação de férias”, informa.
Ainda, conforme de Paula, foi destacada a necessidade de linhas de crédito, que possam ser sem juros. “Isso para que, apenas com a correção, as instituições possam contrair, visto que muitas ainda estão endividadas em relação à pandemia”, aponta.
Além destas solicitações, o documento aborda a isenção de impostos, de taxas e os valores a fundo perdido. Assinado pelos quatro representantes deste grupo, os pedidos foram encaminhados ao deputado Paulo Pimenta, indicado pelo Presidente da República como ministro extraordinário pela reconstrução do Rio Grande do Sul.