Eventos climáticos, bullying e celular: itens que não podem faltar no protocolo de segurança
Novidade para 2025, a proibição do celular nas salas de aula deve entrar nas medidas
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Refazer comunicados, relembrar os processos para quem os conhecia, apresentar para quem é novo na escola. Os gestores bem sabem que o início do ano letivo é cheio de pequenas (e grandes) tarefas. Uma delas é a revisão dos protocolos de segurança, que sempre necessária nesta época.
Para o especialista em segurança escolar do SINEPE/RS, André Steren, com a enchente no RS em maio de 2024, um assunto que deve ser mais abordado na gestão escolar é os eventos climáticos extremos. “Cada escola tem o seu risco diferente. Tem umas que estão, muitas vezes, no caminho de um rio e tem escolas que têm preocupações menores”, afirma Steren.
O especialista garante que, atualmente, toda gestão precisa ter um olhar mais voltado à prevenção. Realocar alunos, por exemplo, de salas que podem apresentar riscos. Outra dica preventiva é acompanhar canais oficiais da Defesa Civil, que emitem alertas em determinados casos. Ele informa que capacitações para a equipe técnica ajudam no desenvolvimento da cultura desses cuidados.
Outros itens que não podem faltar nesse checklist para garantir a segurança escolar, segundo o especialista:
- Funcionamento de controle de acesso e saída dos alunos de acordo com a lista de responsáveis permitidos;
- Utilização do uniforme;
- Registro de alunos, principalmente os novatos;
- Registro fotográfico dos alunos para reconhecimento e banco de dados para a tecnologia de controle de acesso;
- Reaproximação com os órgãos públicos para reforçar a segurança do entorno;
Novidade para 2025, a proibição do celular nas salas de aula deve entrar nas medidas. Steren destaca que, sim, celulares são um item de segurança muito importante e, por isso, começaram a constar nos protocolos, principalmente após a proibição do uso nas escolas. Explicar o processo para os alunos, os benefícios, o porquê da criação da lei e entender a mudança cultural que isso vai ter como consequência será o marco inicial da aplicação da lei federal. “O que realmente a escola está se reorganizando é como é que vai continuar utilizando o equipamento, tem pessoas chaves que precisam continuar usando o celular e como vai se adequar isso em relação ao aluno”, alerta.
Bullying também entra na segurança
Steren reforça que o bullying integra a cultura de proteção da comunidade escolar e também é uma nova atividade na segurança. Neste sentido, comitês com profissionais capacitados vêm sendo criados nas escolas para que haja o reconhecimento de elemento ou atitude que possa ser considerado atípico. “Quando a gente fala de análise de risco, principalmente das possíveis ocorrências e ataques em escola, a saúde mental esteve presente, talvez, na maioria dos casos”, informa.
Consultoria em segurança do SINEPE/RS
Escolas associadas ao Sindicato podem aproveitar a consultoria de segurança gratuita, com atendimento personalizado e visita às escolas, feita pelo especialista em segurança escolar. Mais informações pelo contato: seguranca@sinepe-rs.org.br