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21/10/2024

Ministério Público apresenta projeto de prevenção à violência no ambiente escolar

Iniciativa tem objetivo de orientar a comunidade escolar e as famílias sobre sinais que possam apontar risco de episódios agressivos extremos

por Padrinho Conteúdo
Ministério Público apresenta projeto de prevenção à violência no ambiente escolar

Episódios de violência promovidos por adolescentes causam grande comoção e, geralmente, repercussão internacional. Estudando o assunto, o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) identificou uma série de comportamentos e sinais que podem apontar para o risco de episódios extremos. A partir disso, a entidade criou o projeto “Sin@is – Precisamos falar sobre violência”, que dialoga com o setor educacional a fim de dar ferramentas para que gestores e professores percebam quando há necessidade de abordar e ajudar esses estudantes.

Para dar início a uma jornada de seminários em parceria com o Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (SINEPE/RS), os organizadores do projeto estiveram na sede da entidade na última sexta-feira (18). O encontro, que deve ser reproduzido nas delegacias regionais a partir de 2025, contou com a participação de 63 gestores e educadores de escolas particulares da Região Metropolitana.

“O projeto nasce da dor de perceber que existe um problema de extremismo, de radicalização entre os nossos jovens. Na maioria das vezes, embora sinais estejam presentes, não conseguimos vê-los por não termos os olhos treinados para isso. Assim, não conseguimos ver aquele adolescente que começa a peregrinar pelo caminho da violência até a radicalização”, destaca o coordenador do Núcleo de Prevenção à Violência Extrema do MP-RS, procurador de Justiça Fábio Costa Pereira. Segundo ele, a prevenção tem a família e a comunidade escolar como pilares essenciais.

Integrante do núcleo, o promotor de Justiça da Infância e Juventude da Promotoria de Alvorada (RS), Márcio Abreu Ferreira da Cunha, explica que muitas vezes o caminho da radicalização passa pela cooptação dos adolescentes, por meio das redes sociais, e pela doutrinação em grupos privados. “Nossa ideia é transmitir a forma como tem ocorrido esse modus operandi para que os professores, os pais e todos que convivem no ambiente escolar possam ter olhos para isso”, ressalta.

O público principal detectado pela equipe do MP-RS tem em torno de 12 a 25 anos e, via de regra, é seduzido por meio das redes sociais, por grupos radicais de qualquer lugar do mundo. O uso de dispositivos eletrônicos de forma desmedida ou sem supervisão é visto por educadores como um fator de risco.

“Os adolescentes estão muito vulneráveis, acredito que em função das telas”, comenta a orientadora pedagógica do Colégio La Salle Dores Ana Cláudia Dorneles, que participou do evento. “Essa temática é importante porque é a nossa realidade. A violência não escolhe gênero ou classe social, então, os estudantes têm acesso a experiências de violência nas redes sociais e podem acabar, de alguma forma, reproduzindo isso no ambiente escolar”, observa.

A apresentação dos promotores do MP-RS vai ao encontro do que a orientadora percebe no dia a dia. Entre os principais canais de comunicação e persuasão dos adolescentes estão comunidades virtuais e jogos online. A ideia é que os educadores tenham acesso a termos e hábitos que são comuns a esses grupos para ajudar na identificação de sinais.

Ana Cláudia trabalha diretamente com estudantes da Educação Infantil até os anos iniciais do Ensino Fundamental. Embora este ainda não seja, exatamente, o público que protagoniza eventos extremos, ela entende que é fundamental começar um trabalho de observação. “Já se consegue perceber que algumas crianças têm comportamentos que demandam atenção. Precisamos olhar desde o começo para que não tome uma proporção maior na adolescência”, defende.

O presidente do SINEPE/RS, Oswaldo Dalpiaz, alerta para a importância de educar a sociedade para identificar os sinais, considerando isso um investimento em prevenção. Daí a importância de levar essa capacitação a orientadores, coordenadores, professores e demais atores que têm contato direto com os estudantes no dia a dia.

“A escola não é um ente separado da sociedade. Até se pode dizer que é um local especial porque a diversidade de alunos traz a diversidade da cultura e o jeito de ser da sociedade para dentro da escola. Então, a escola também tem que ficar atenta ao que acontece lá fora, porque provavelmente pode acontecer dentro também”, alerta Dalpiaz.

Fazendo um paralelo com o cotidiano, o presidente lembra que a sociedade se comunica pelo uso de sinais, da mesma forma que acontece intuitivamente com cada indivíduo. “Quando se está na rua, na estrada, enxergamos sinais. Sabemos que uma comida não está em condições de consumo porque ela dá sinais disso. Precisamos aprender a enxergar os sinais da violência para que ela não se concretize. É um trabalho preventivo e pedagógico”, pontua.

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