A data de 15 de março marca as comemorações do Dia da Escola, momento que destaca a importância das instituições de ensino para a formação de cidadãos e para o desenvolvimento da sociedade. A rede de ensino privada brasileira desempenha um papel bastante significativo nesse contexto. Dados presentes no relatório Números da Educação Particular Brasileira, promovido pela Federação Nacional das Escolas Particulares (FENEP), apontam a presença de mais de 43,2 mil instituições privadas no país, que atendem cerca de 17 milhões de alunos e empregam diretamente cerca de 1,5 milhão de pessoas, entre professores e funcionários.

“Comemorar o Dia da Escola é uma obrigação da sociedade, de todos os governos e de todas as entidades que dão apoio a educação, seja ela particular ou mesmo pública, pois todas estão a serviço do crescimento de pessoas, das comunidades e de um país”, exalta Antônio Eugênio Cunha, presidente da FENEP.

No Rio Grande do Sul, o setor privado de educação também apresenta números expressivos. Conforme dados do Censo Escolar 2023, o Estado registrou mais de 500 mil matrículas na educação básica privada (incluindo as escolas de educação infantil), representando um aumento de 8,8% em relação ao ano anterior. Além disso, houve a abertura de 52 novas instituições, indicando um crescimento de 2% no número de estabelecimentos.

Esses números refletem a relevância das escolas privadas no cenário educacional brasileiro, não apenas na oferta de ensino de qualidade, mas também na geração de empregos e na movimentação econômica. Para o presidente do SINEPE/RS, Oswaldo Dalpiaz, a escola é uma instituição histórica e que passa por diversos formatos de organização através dos tempos. Entre os desafios apontados por ele neste período de transformações sociais, culturais e tecnológicas, estão o investimento em políticas públicas voltadas para a educação, buscar professores inspiradores e fortalecer a presença das famílias dentro das comunidades escolares.

“Desejamos que a escola seja um ambiente acolhedor, alegre, livre e criativo. Independente do seu formato, a escola deve perseguir a linha da humanização. A função principal da escola é tornar as pessoas cada vez mais humanas e o espaço escolar é um espaço privilegiado para que isso aconteça”, enaltece Dalpiaz.

Renato Capitani, coordenador socioeducacional e evangelização da Regional Porto Alegre do Marista Brasil, acredita que as escolas vivem uma turbulência diante de todas as mudanças ocorridas nas últimas décadas e merecem ser valorizadas para além do dia 15 de março, destacando esses espaços como imprescindíveis para o progresso social.

“É também um momento para celebrarmos a escola como o lugar do diálogo, do contraditório, da negociação, da valorização do outro, da problematização, da aprendizagem coletiva, valores perenes para uma sociedade que, independente das turbulências que vivencia, precisa cultivar, sob pena de colocar em xeque o inegociável”, conclui.