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25/10/2024

Seminário de Diretores 2024 oferece ferramentas de liderança a gestores do ensino privado gaúcho

Evento ocorreu em Porto Alegre e contou com 195 representantes de instituições de todo o Estado

por Padrinho Conteúdo
Seminário de Diretores 2024 oferece ferramentas de liderança a gestores do ensino privado gaúcho
Juliano Kimura - Inteligência Artificial, Web3 e o futuro da internet na educação

As aflições que fazem parte do dia a dia de quem está à frente de uma instituição de ensino muitas vezes são as mesmas. Perceber isso é importante para que o gestor não se sinta sozinho diante dos desafios. Por isso, o Seminário de Diretores 2024 teve como tema a liderança. O evento foi promovido pelo Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (SINEPE/RS) no dia 22 de outubro, no Teatro da PUCRS, em Porto Alegre.

Responsável por dar as boas-vindas aos diretores, o presidente do SINEPE/RS, Oswaldo Dalpiaz, agradeceu pelo esforço de cada um para comparecer, muitas vezes enfrentando horas de estrada. Ele comenta o que significa liderar instituições de ensino atualmente. “Ser gestor é estar em meio a desafios. É saber viver no equilíbrio entre a previsibilidade e a imprevisibilidade, porque faz-se uma agenda pela manhã e, chegada a noite, nem sempre está cumprida. Mas ser diretor é um privilégio extraordinário porque é ajudar a humanizar as pessoas”, destaca.

A programação do evento contou com 4 palestras e momentos especiais como entrega de mimo aos diretores e apresentação da  Camerata do Colégio Teutônia. Nesta edição, o evento contou com patrocínio da Edify Education, kedu, Bernoulli Sistema de Ensino, Somos Educação, TOTVS, FTD Educação, Wal Livros, Portal Escola, SAS Educação, Vlatech, Todos Educação, Quinta da Estância e MFO Advogados. 

Desafios da liderança

A primeira palestra ficou a cargo do reitor da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e presidente do Comung, Rafael Frederico Henn. Com o tema “Liderança do diretor em cenários de instabilidade”, ele trouxe reflexões justamente sobre a imprevisibilidade apontada por Dalpiaz. Com dicas práticas para serem aplicadas no dia a dia dos diretores que acompanhavam atentamente, a apresentação se mostrou ancorada em referenciais teóricos sobre o tema – rendendo indicações de leitura.

“A sociedade vem passando por uma transformação muito grande. Temos um novo perfil de aluno, conectado à internet, mas com desatenção maior, capacidade de pensamento diferenciado menor, imediatista”, alerta Henn. Em função disso, a grande dificuldade é prender a atenção desse estudante.

O reitor também fez relatos sobre situações do cotidiano à frente de uma instituição de ensino. Reservar momentos na agenda para cuidar de si e, assim, poder cuidar dos demais, foi uma das dicas. “Se eu tivesse que resumir em uma frase o que é liderança, é gostar de pessoas. E muito mais em uma escola, porque ela existe para cuidar de pessoas e para formar pessoas”, resume.

Técnicas de liderança

A executiva de Relações Institucionais da plataforma Kedu, Nathália Meireles, palestrou sobre “Liderança educacional: possibilidades e desafios” para tratar sobre os caminhos que levam a uma atuação de excelência à frente de um grupo de trabalho. Tendo como pano de fundo os sonhos – do gestor, dos colaboradores e da instituição propriamente dita –, ela mostrou estratégias para alcançá-los ou criar condições para que as outras pessoas o façam.

“É importante conhecer os sonhos de sua equipe. Chegou a hora de entender, porque isso faz parte da liderança estratégica inspiradora que desejamos ter. Aquele que não sonha o mesmo que a escola, talvez não deva estar ali”, sentencia Nathália.

Ainda segundo Nathália, o líder tem três funções primordiais: treinar (direcionar o trabalho da equipe e explicar as tarefas com o conhecimento técnico e o profissional; medir (acompanhar indicadores e metas diárias, com acompanhamento próximo e constante; e aplicar feedback constante com base em resultados e situações tangíveis.

Conhecer o time liderado é fundamental para conduzir um bom trabalho. A partir disso, definem-se três fases de liderança:

Autocrática – liderando profissionais de nível júnior, como na entrada de um novo colaborador. É feita a construção da autonomia desse profissional, aos poucos. Em momentos de crise também é essencial – quando cada um faz uma coisa, ou ninguém sabe o que fazer, tomar decisões firmes e ágeis é melhor para todo mundo.

Democrática – aplicada junto ao nível pleno. A decisão é do gestor, mas ele quer ouvir os demais. As conclusões são alcançadas a partir do pensamento em conjunto, mas sem ferir a autoridade do líder.

Liberal – usada com o nível sênior. Aqui é ainda mais importante contar com equipe em que confie plenamente. Diante de metas e sonhos bem definidos, eles podem andar com as próprias pernas.

Ainda que estejam hierarquizadas por nível de atuação, essas fases são fluidas; É possível que um colaborador sênior seja alçado a uma nova função, sendo aplicável o modelo autocrático nesse contexto, até que esteja adaptado.

Transformação digital

O mundo já não é o mesmo que conhecemos há um ano – tampouco o que teremos daqui a seis meses. A velocidade exponencial com que a tecnologia se desenvolve, e como isso impacta no dia a dia das pessoas, foi o tema abordado por Juliano Kimura. O ativista digital é especialista em inovação e em identificar tendências de comportamento a partir dela.

“O formato com que estamos acostumados não está mais adequado para as crianças, que estão acostumadas a ver vídeos verticais, com duração de 15 segundos. Imagina parar para estudar por quatro horas, falando repetidamente no mesmo tom”, provoca o palestrante.

Kimura defende que a sociedade ainda não explora a internet em todo seu potencial. Recursos como a inteligência artificial e dispositivos de realidade aumentada serão cada vez mais comuns – e já estão no mercado, em quantidade considerável. O que se faz com isso é a grande questão: a mesma tecnologia que pode dispersar e atrapalhar o rendimento, serve para legendar o mundo de uma pessoa surda, como um dos exemplos de óculos inteligentes relatados pelo especialista.

“Teremos adultos hiperconectados. O ser humano vai ter mais tempo para aprender e produzir conhecimento. A inteligência artificial vai acelerar esse processo. Ela é um meio, não pode ser protagonista, nem vilã. O ser humano deve ser o protagonista”, ressalta.

Gestão das emoções

Em meio a tantas novidades, possibilidades de mudança e novos comportamentos, o aspecto emocional precisa de atenção redobrada. Para falar sobre o tema, os diretores receberam a mestre em psicologia clínica Alessandra Gonzaga. Segundo ela, está acontecendo uma verdadeira epidemia de adoecimento emocional, tanto dos jovens quanto dos adultos.

Aproveitando o gancho da fala de Kimura, ela abordou diversos aspectos da relação entre a sociedade e o avanço dos recursos digitais. “A tecnologia não vai nos ajudar se não estivermos bem no nosso emocional. Esse sistema [emocional] é o mesmo há 100 mil anos. Precisamos adaptar esse mecanismo que sente, pensa e faz, a essa nova e contínua realidade”, compara.

Alessandra explica que o tecido emocional precisa de força, agilidade e leveza. Isso depende de diferentes estímulos, a fim de se manter saudável. E o mais importante: tem tudo a ver com liderança.

Força – é a garantia de presença. Entre as competências para enfrentar crises e ter firmeza estão o autocontrole, a assertividade, a resiliência e a regulação de conflitos.

Agilidade – é o que traz movimento. As competências relacionadas são a autoconsciência (clareza da voz interna, que norteia decisões), a contribuição (proatividade), gestão do estresse (não só próprio, mas também do meio) e adaptabilidade (entre o que se tem e o que a realidade pede).

Leveza – é alcançada pela conjunção das anteriores e promove a harmonia. Suas competências são a empatia (conexão com a fragilidade do outro), a escuta ativa (esvaziado de si, espera que o outro traga novas informações), a motivação e a consciência sistêmica (olhar ampliado sobre os fatores que influenciam para determinado fenômeno).

Encontros e oportunidades

Os diretores presentes no seminário destacam a importância de momentos como este para trocar experiências entre pares e, ainda, acessar novos conhecimentos. “Foi um encontro muito bem organizado. Os palestrantes trazem reflexões e trabalham com muita propriedade, com muita iluminação. Responde um pouco à necessidade e também estimula para que a gente continue o que já está fazendo”, comenta a diretora do Colégio Espírito Santo, de Canoas, Irmã Maria Sônia Muller.

O diretor da Educação Básica do Instituto Ivoti, Júnior Tiago Ben, afirma que o seminário é importante enquanto fonte de conteúdo e também para ter contato com outras lideranças. “Ajuda a abrir a mente e pensar o futuro das nossas escolas, e também o encontro com pessoas. Também nos alimentamos disso: entender como outros diretores estão trabalhando e vendo os cenários”, pontua.

O gestor ressalta que é preciso estar atento para incrementar a experiência dos alunos, mas que isso também passa pela qualificação dos colaboradores. “Precisamos de uma formação para quem atua diretamente no desenvolvimento desses jovens. O evento vem muito a calhar nesse sentido de olharmos para o cuidado com as pessoas, que é muito importante”, frisa.

Quem também faz questão de sempre participar dos seminários de diretores é o professor Antonio Dreyer, que está à frente do Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho, de Porto Alegre. “A primeira coisa legal é a própria reunião dos diretores: enquanto dirigentes de instituições de ensino, nos encontramos para conversar, conviver e trocar ideias”, enaltece.

Dreyer vê a temática desta edição como muito interessante porque ajuda a revisitar questões importantes do dia a dia. “Na rotina, nem sempre conseguimos parar para revisitar pontos importantes da liderança. Aqui, reservamos o dia para isso. Voltamos para casa renovados nesses conteúdos e começamos a olhar para a realidade de forma diferente, na perspectiva de uma mudança, do que a gente pode ser melhor”, avalia.

Oportunidades também de negócio

Uma novidade importante da edição 2024 do Seminário de Diretores do SINEPE/RS, a exposição de empresas que oferecem soluções para instituições de ensino chamou a atenção dos gestores. “É uma experiência riquíssima”, resume a diretora de canais e de editores de livros didáticos da Somos Educação, Milene Ortega. Isso se deve, em seu entendimento, ao fato de a empresa ter a troca de conhecimento com as escolas em seu DNA.

“Em um dia especial como esse a gente consegue ter trocas riquíssimas. Estamos investindo muito em inteligência artificial para atender a uma necessidade de gestão, no momento em que as escolas precisam transformar o tempo do professor. Assim, ele consegue tratar dos temas pedagógicos, trazendo a tecnologia a serviço dele”, compreende Milene. Ela relata que a equipe volta para casa com a compreensão de novos pontos para evoluir, mas também com a certeza de que dispõem de muitas soluções importantes para as escolas.

Conversar diretamente com tomadores de decisão é o destaque do diretor de operações da Vlatech, Rafael Grebin. A empresa trabalha com locação e venda de impressoras – exclusivamente da marca Epson, pois, segundo ele, é a que tem maior preocupação com a questão ambiental. Divulgar isso é justamente o desafio do momento.

“O evento é excelente porque a gente consegue verticalizar muito bem a informação, as propostas e a divulgação. Sabemos que todos que estão aqui são decisores, não estão olhando para levar para que outra pessoa decida. Ir direto onde eles estão e apresentar as soluções é muito benéfico para o nosso negócio”, garante.

 

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