Sindicatos da Educação Básica têm segunda rodada de negociações
Em ambas as reuniões, o sindicato patronal informou que irá recomendar às escolas a antecipação do INPC na folha de março.
Nesta quinta-feira, 16 de março, ocorreu a segunda rodada de negociações entre o SINEPE/RS e os sindicatos dos Professores e dos Técnicos em Administração Escolar da Educação Básica. Em ambas as reuniões, o sindicato patronal informou que irá recomendar às escolas a concederem, na folha de pagamento do mês de março, o INPC do período revisando de 5,47%, a título de “antecipação por conta do dissídio de 2023” para os professores e técnicos administrativos.
Na reunião com os professores, foi discutido o pedido de aproximação dos valores hora-aula entre os níveis de ensino. O Sinpro solicita a redução de 20% da diferença percentual existente entre os valores hora-aula pagos aos professores da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental e os valores hora-aula dos professores dos Anos Finais do Ensino Fundamental. A categoria alega que a única rede que faz essa diferenciação é a privada. O SINEPE/RS se comprometeu a analisar o assunto, para avaliar as possibilidades e o impacto financeiro que essa medida pode ter nas escolas e dará um retorno na próxima reunião.
Outro tema em discussão no encontro foi o trabalho com os alunos de inclusão. Os professores relataram que os planos de desenvolvimento individual estão demandando um número maior de horas de trabalho. O sindicato patronal também trouxe os desafios das escolas, no âmbito da gestão, para atender a esse público. O SINEPE/RS propôs uma união dos sindicatos para apresentar ao poder público as dificuldades e encontrar soluções.
Na reunião com os técnicos da Educação Básica, foram discutidas questões envolvendo data de pagamento do décimo terceiro salário e a comemoração pelo Dia do Técnico em Administração Escolar. Outro tema em debate foi o pedido dos técnicos para licença remunerada de 24 a 31 de dezembro. O sindicato patronal defende que esse é um período de demanda de matrículas nas escolas, portanto, as instituições precisam estar abertas.
No encontro, os custos com o plano de saúde foram novamente tema de discussão. Os técnicos propõem o aumento na participação da escola, de 50%, que é o praticado hoje, para até 75%. Não se chegou a um consenso sobre o tema e o assunto voltará à mesa das negociações na próxima semana.