Mulheres são maioria entre os professores da Educação Básica
Elas representam mais de 79% dos docentes e são quase a totalidade de educadores nas creches brasileiras

O cenário da educação brasileira é feminino. Pelo menos na Educação Básica, as mulheres são maioria, tanto na docência como na gestão. Informação que traz ainda mais importância para a data de 8 de março, que marca o Dia Internacional da Mulher, dentro dos ambientes educacionais. Dados da edição de 2023 do Censo Escolar, realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), apontam que 79,5% dos professores da Educação Básica do país são mulheres.
Esse número é ainda maior na Educação Infantil, onde elas representam mais de 97% dos educadores nas creches e mais de 94% na pré-escola, setor qu e também apresentou um aumento de 4,8% nas matrículas. Na gestão, elas também dominam, com mais de 80% das diretorias de escola. Quanto à formação, 84,3% das professoras possuem licenciatura e apenas 2,1% são bacharéis. Tal dado faz pensar uma outra pesquisa, realizada pelo Instituto Semesp em 2022, que apontou uma queda na procura por cursos de licenciatura, especialmente por jovens de até 29 anos. Isso indicaria a possibilidade de um “apagão” de até 235 mil professores na educação brasileira.
Mas parece que as mulheres podem ser a saída para essa situação, já que, além de serem maioria entre os estudantes do Ensino Superior (58,1%), também representam 72,5% das matrículas nas licenciaturas. No âmbito da educação continuada, a pós-graduação também é um espaço ocupado por mulheres, que representam, de acordo com dados da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), 54% dos estudantes em cursos de pós-graduação stricto sensu no Brasil.
As mulheres são agentes importantes na transformação da educação. Dedicadas e abertas ao diálogo, elas melhoram as condições das experiências dos alunos em sala de aula e aprimoram suas técnicas de ensino para garantir um aprendizado mais assertivo. Comemorar o 8 de março é mais que valorizar as lutas das mulheres por direitos: é valorizar a força feminina na educação do país.