Pesquisa do SINEPE/RS aponta reajuste médio de 8,6% na mensalidade escolar para 2024
Análise de custos definem o cálculo das instituições de Educação Básica
Com os custos pressionando a conta, as escolas particulares do Rio Grande do Sul apontam para reajuste médio de 8,6% em 2024. A oscilação praticamente acompanha a projeção no aumento de custos das instituições, projetado também em 8,6% para o próximo ano. Os dados são de um levantamento promovido pelo Sindicato do Ensino Privado do RS (SINEPE/RS), no mês de outubro, que contou com a participação de 87 escolas particulares, de todas as regiões do Estado. Segundo a pesquisa, 88,6% das escolas participantes esperam manter ou aumentar o número de alunos. A média, que este ano foi de 834 estudantes por instituição, saltará para 857, conforme a projeção, o que representa um aumento médio de 4,2%.
De acordo com o presidente do SINEPE/RS, Oswaldo Dalpiaz, as escolas procuram também adequar o reajuste àquilo que as famílias terão condições de suportar. “Quando as escolas vão fixar o valor da mensalidade, trabalham com a planilha de custos e olham para o entorno, a comunidade onde estão inseridas. Por isso, considerando o cenário atual e os últimos anos, que foram de muitas incertezas, praticamente o que as escolas estão projetando de aumento de custos é o que será repassado na mensalidade”, pontua o dirigente.
Dalpiaz acrescenta que a definição de reajuste leva em consideração uma série de fatores, para além do percentual previsto de inflação. Conforme o estudo do SINEPE/RS, os cinco maiores custos das escolas que mais impactam no orçamento, são: custos com pessoal, contas públicas (água, luz etc.), material didático e/ou implementação do Novo Ensino Médio, investimento em tecnologia e infraestrutura. “Nessa lista, vemos que além das contas fixas, há muito investimento, e tudo isso precisa ser previsto no orçamento”, justifica.